tag:blogger.com,1999:blog-1343062911022341792023-11-16T08:47:20.794-08:00Flavio GeoNetFlaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-79120463112663719392012-04-15T14:05:00.002-07:002012-04-15T14:16:46.121-07:00PROSTÍBULOS EM JACY-PARANÁ 2011<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwv9UtLMhNwUCrN_YZWHHM2aiYKFTrV0Ft9X8qi0shCdtTwBh34Cqt9g-Ww0plFt8fQeFxRSEcCXrtCCI8nRg' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-12324411513855165982012-04-15T11:04:00.001-07:002012-04-15T11:04:48.902-07:00Mapa da Prostituição em Jacy-Paraná 2011<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiwSjJzEWRFhB-cl1DUCIItGOYi-KOvOqHc_mhFF7lVjr6c3VZr_HMj0ATjPjpPAMsfDXAi66GohJJa9Htsj_v5ZpJlYlDWMacMv7Tft6Wsc6B7Cxn3uSOllZoDDcKjHrNh79q6b8RuOJC/s1600/Mapa+da+Prostitui%C3%A7%C3%A3o+em+Jacy+Paran%C3%A1+2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiwSjJzEWRFhB-cl1DUCIItGOYi-KOvOqHc_mhFF7lVjr6c3VZr_HMj0ATjPjpPAMsfDXAi66GohJJa9Htsj_v5ZpJlYlDWMacMv7Tft6Wsc6B7Cxn3uSOllZoDDcKjHrNh79q6b8RuOJC/s320/Mapa+da+Prostitui%C3%A7%C3%A3o+em+Jacy+Paran%C3%A1+2011.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-58736765149486035102012-04-15T05:34:00.001-07:002012-04-15T14:14:23.020-07:00PROSTITUIÇÃO EM JACY-PARANÁ: COROLÁRIO DE IMPONENTES EMPREENDIMENTOS NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Nos últimos cinco anos, a cidade de Porto Velho se
transformou no maior eixo e receptor de fluxos (humanos, de capitais, de
empresas, etc.) da Amazônia Meridional. O principal fator atrativo foram as
duas grandes construções das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. A
UHE Santo Antônio está sendo construída no trecho onde anteriormente havia a
Cachoeira homônima. Já a UHE Jirau está sendo construída em Jacy-Paraná,
distrito de Porto Velho distante cerca de 100 km da cidade de Porto Velho.
Portanto, ambas as usinas estão sendo erguidas no âmbito do município
porto-velhense. Estes empreendimentos se inserem no contexto do crescimento,
desenvolvimento e projeto de segurança nacional, uma vez que a energia aqui
produzida será utilizada em larga escala pelo Centro-Sul brasileiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Além das duas Usinas Hidrelétricas também vieram a
reboque deste “boom” desenvolvimentista, notadamente, um contingente enorme de
trabalhadores oriundos de variados estados brasileiros (Acre, Amazonas, Pará,
Maranhão, Piauí, Sergipe, Bahia, etc.). Assim, ocorreu um incremento demográfico
significativo na cidade de Porto Velho, particularmente por meio de uma massa
populacional de trabalhadores que se instalaram tanto nos alojamentos das usinas
citadas, como também na área urbana de Porto Velho e do distrito de
Jacy-Paraná. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No período compreendido entre 22 de fevereiro a 03
de março do ano de 2011 participei efetivamente de um trabalho técnico de
observação, levantamento e mapeamento dos prostíbulos existentes naquele
momento no distrito de Jacy-Paraná. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">O distrito</span></u></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">: </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Jacy-Paraná cidade cuja semântica nos remete ao tupi-gurani, sendo a sua denominação formada a partir da junção das seguintes palavras: </span><span style="font-size: small;"><i style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b>Jaci</b>: </i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">a lua, de ya, ser, e ci, mãe, pois os índios já sabiam da influência da lua no crescimento dos vegetais (</span><i style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Os indigenas faziam grandes festas
com comidas; laci Omunhã). </i><b style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><i>Paraná</i>: </b><i style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">pa'ra "mar" e nã, semeihante, rio grande
semeihante ao mar. </i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Por ilação, podemos concluir que a tradução seria</span><i style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </i><b style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Lua sobre o grande rio ou Lua do grade rio. </span></b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="line-height: 115%;">Trata-se de</span></span></span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> um distrito
pertencente ao município de Porto Velho, cortado pela BR-364, distante
aproximadamente 89 quilômetros
da capital. Foi historicamente concebido através da construção da Estrada de
Ferro Madeira-Mamoré, tendo uma antiga estação ferroviária (em ruínas
atualmente) e a via férrea cortando o seu território até se comunicar com
Guajará-Mirim (fronteira com a Bolívia). Jacy-Paraná está regionalizado em dois
pólos seguintes: </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">1)<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">a <b>Velha Jacy</b> – núcleo populacional antigo,
situado ao lado esquerdo da rodovia BR-364 (sentido Acre);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 36.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">2)<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">a <b>Nova Jacy</b> – núcleo populacional recente,
situado ao lado direito da rodovia BR-364 (sentido Acre) e densamente habitado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O distrito de Jacy é banhado pelo rio homônimo, que
recorta as terras da Velha e da Nova Jacy, passa pelas pontes (da EFMM) e da
BR-364, desembocando no rio Madeira que banha a margem direita daquele
distrito, isto é, a Nova Jacy. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Segundo informações da grande mídia, a população
residente em Jacy-Paraná é da ordem de 15.000 habitantes. Este crescimento
demográfico se deve à migração de trabalhadores procedentes de outros estados
(Pará, Maranhão, entre outros) para a cidade de Porto Velho e, particularmente,
para o Canteiro de Obras de Jirau, contratados pela Construtora Camargo Correa
e demais empresas subsidiárias. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O distrito de Jacy-Paraná atravessa uma fase de
movimentação ou intenso fluxo de capitais, de pessoas, de mercadorias, etc.,
como corolário do quarto ciclo econômico vivido pelo estado de Rondônia,
gerando uma circulação dos fluxos assinalados somente vista no período áureo da
EFMM e na fase do garimpo de ouro. Observamos “in loco” que a malha urbana expandiu,
sobretudo na Nova Jacy, através da construção de novas casas e surgimento de
outros bairros. Não obstante algumas dezenas de famílias que estão sendo
indenizadas pelo Consórcio Santo Antônio Energia (responsável pela construção
da UHE Santo Antônio, tendo à frente a Construtora ODEBRECHT), visto que
desocuparão áreas atingidas pela inundação das águas dos rios Madeira e
Jacy-Paraná, que afeta pequenas porções habitadas tanto da Nova quanto da Velha
Jacy. Estas famílias atingidas irão morar no Conjunto Parque dos Buritis. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Prostíbulos
observados e mapeados:</span></u></b><b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"> </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os prostíbulos ou estabelecimentos observados e
identificados foram localizados e mapeados. Na realidade, na medida em que
adveio o crescimento demográfico do distrito, bem como, ocorreu aumento dos
fluxos (pessoas, dinheiro, mercadorias, drogas, entre outros) também sobreveio à
instalação e o alastramento de bares, prostíbulos ou inferninhos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Foram mapeados inúmeros estabelecimentos com as
características acima assinaladas, sendo que os bares constituem fachadas para
a prostituição. A maioria dos bares tem quartos anexos ou próximos, os quais
servem para que as prostitutas façam os seus programas, cujos preços variam
entre 50 a
100 Reais (caso a garota de programa seja mais jovem ou bonita). Certamente, os
donos dos bares ganham com a venda de bebidas alcoólicas aos clientes que frequentam
os seus estabelecimentos, e também, com uma porcentagem pela concessão dos
apartamentos e das chaves. Além dos cômodos anexos, acreditamos que os hotéis também
sirvam para a finalidade dos programas sexuais, tendo em vista dois fatores:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l2 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ü<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os barrageiros (funcionários da Camargo Correa e
outras firmas subsidiárias), geralmente migrantes, não vem para Jacy-Paraná com
a finalidade de realizar turismo ou fantasias (exceto as sexuais), o que seria
muito dispendioso economicamente porque estes são alojados no Canteiro de Obras
da Construção da UHE Jirau;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; mso-list: l2 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: Wingdings; font-size: 12pt; line-height: 115%;">ü<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">As prostitutas não vão pagar hospedagem e
alimentação onerosas, pois assim comprometeriam os seus lucros reais, sendo que
muitas são procedentes de Porto Velho, áreas adjacentes à Jacy-Paraná, Nova
Mamoré, Guajará-Mirim, Rio Branco, interior do Amazonas e até de outros estados
da Federação. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 72.0pt; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nos dias em que observei “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">in situ</i>” a movimentação nos prostíbulos, tanto na parte do dia
quanto à noite, pude constatar que as prostitutas eram adultas. Nos bares ou
prostíbulos monitorados não visualizei nenhuma criança ou adolescente em
situação de risco ou que levantasse suspeita de estar sendo explorada
sexualmente. Contudo, deve-se ressaltar
que no período noturno, realmente havia a presença de algumas adolescentes
circulando pelo centro distrital, sobretudo, na Rua José Rodrigues porque entre
este logradouro e a BR-364 havia uma superconcentração de bares, prostíbulos ou
inferninhos, os quais atraiam grande quantidade de pessoas. A absoluta maioria
destes prostíbulos ou estabelecimentos funcionava para fins de prostituição.
Entre estes, existia açougues, pequenas lojas, salão de cabeleireiro, pontos de
moto taxistas, lanchonetes. Determinado dia por volta das 22 horas de sábado,
duas espécies de danceterias que produziam som mecânico, o <b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Tribal Dance</i></b> e o <b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Esquinão Gelado</i></b> (separados pela Rua
José Sales e situados um frente ao outro) chamaram minha atenção porque neles
havia a presença de menores dançando e bebendo. Certamente, essas menores que
frequentavam tais ambientes se tornariam vítimas em potenciais dos indivíduos
(barrageiros) que frequentavam aqueles estabelecimentos, pois com a oferta de
dinheiro, uma boa conversa e a “atração”; estas adolescentes ficariam
vulneráveis ou suscetíveis às práticas sexuais e/ou até crimes sexuais, ao
consumo de bebidas alcoólicas e ao uso de entorpecentes. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quanto ao público masculino que frequenta os prostíbulos
ou estabelecimentos, além de trabalhadores, podem-se incluir traficantes;
foragidos da justiça; elementos armados (com armas brancas ou armas de fogo); e
outros indivíduos que concorrem para a prática de delitos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Assim, nesses trabalhos de campo identifiquei os
seguintes prostíbulos ou estabelecimentos:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 36.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">A</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Superconcentração de bares, prostíbulos ou
inferninhos - entre a Rua José Rodrigues e a BR-364 (formavam 43 pontos):</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">1)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">BAR SN (Sem Nome), o
primeiro;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">2)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">3)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">100% Brasil;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">4)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">5)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">6)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">7)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Tropical Bar;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">8)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">9)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Bar da Preta;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">10)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">11)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Bar do Magrão;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">12)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Comercial
Eduardo</i>;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">13)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">14)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Bar 5 estrelas;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">15)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Pit Stop Bar;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">16)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">17)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN (Cor Branca, de Alvenaria, Porta de
Blindex);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">18)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Bar Arco-iris;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">19)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">20)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Selaria
e Sapataria</i>;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">21)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Tribal Dance;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">22)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Esquinão Gelado;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">23)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Salão de
Beleza</i>;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">24)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Lojinha;</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">25)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Samá Jóias</span></i><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">26)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">27)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></i><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Gabi
Variedades;</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">28)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Loja;</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">29)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Lan House;</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">30)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Açougue</span></i><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">31)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">32)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Açougue</i>;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">33)<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Bar (azul, de esquina, com quartos para
alugar), ponto moto taxi Jacy-Paraná;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">34)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN (verde);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">35)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN, ponto moto taxi;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">36)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">37)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">38)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">39)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Bar do Tom;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">40)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR SN (verde);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">41)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> BAR do Edson;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">42)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Bar da Helena;</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-left: 36.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">43)<span style="font: 7pt "Times New Roman";">
</span></span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Opção
Lanches</i>, o último.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">B</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Motel Ice Kiss (Rua Raimunda Batista);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">C</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar Casa das Primas (Rua José Sales);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">D</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Choperia O Boteco (Rua José Sales);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">E</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar Opção e Anexos (acesso pela rua José Sales);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">F – </span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Estância, Hotel, Pousada do Marcelo (Rua Sebastião
Gomes);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">G</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar Jirau (Rua Sebastião Gomes);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">H</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar do Mineiro (Rua Sebastião Gomes);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">I</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar Hosanas (Rua Sebastião Gomes);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">J</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar Show 2 (Rua Sebastião Gomes);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">K</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar do Maranhão (Rua José Cauby);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">L</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar da Tia (Rua José Pereira);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">M</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Clube do Chico Lata (Rua Raimunda Batista com José
Sales);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">N</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Hotel e Bar Pôr do Sol (Rua Ilário Maia);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">O</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar da Cacau (Rua José Rodrigues);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">P</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar Show 1 (Rua José Rodrigues próximo do auto
posto floresta);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Q</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar 360 Graus (Rua Recife);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">R</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar Amarelinho (Rua Antônio Gomes);</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">S</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar Flutuante do Amor (atrás da Estação da EFMM
desativada).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">T </span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">– Gago Drinks (Casa de Strip-Tease) – Rua Maurício
Rodrigues</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">U </span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">– Bar SN (tráfico de drogas) Rua José Cauby</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">V – </span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Bar do Clayton (Rua Raimunda Batista)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">W – </span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Bar Samaúma (Rua Raimunda Batista)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">X</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar das Gatas e Tigresas (Rua Antônio Generino)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Y –</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> Bar Novo (Rua José Cauby)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";">Z</span></b><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif";"> – Bar da Fama (Rua José Rodrigues)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> No mês de agosto de 2011, cinco
meses após os primeiros trabalhos de campo, retornei ao distrito de
Jacy-Paraná, sendo que a constatação que pude verificar foi a de que havia
apenas mudado o mapa da prostituição, ou seja, a superconcentração de
prostíbulos ou inferninhos havia sido derrocada por força de mandado da Justiça
Federal. Contudo, os “bares” já estavam dispostos e espraiados por diversas
ruas daquela localidade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Considero que enquanto a UHE Jirau
não chegar ao seu término, infelizmente, a população residente no distrito de
Jacy-Paraná terá que conviver com este fenômeno chamado prostituição que é tão
antigo quanto à própria humanidade. Porém, temos que continuar vigilantes com
relação à exploração sexual de crianças e adolescentes. Para isso, basta
fazermos a nossa parte, sobretudo, informando as autoridades policiais através
do registro de Boletim de Ocorrência (ainda que de forma anônima) sobre casos
concretos de eventuais crimes que ocorram contra crianças e também
adolescentes. Neste sentido, acredito que casos em que crianças e adolescentes
foram vitimadas, sendo estes devidamente constatados no Posto de Saúde local,
originaram-se a partir das residências de famílias, em tese, desestruturadas,
ou seja, famílias em que não havia a mãe ou o pai de família devido a
separações conjugais. Neste contexto, os peões ou barrageiros mal intencionados
teriam se aproximado das famílias, geralmente “ofertando vantagens econômicas”,
o que se propiciava um ambiente ideal para que muitas menores provavelmente
tenham se envolvido sexualmente com estes indivíduos e até engravidado em
certos casos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Em termos práticos e conforme
pesquisa que realizei junto à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e
ao Adolescente (DEPCA), sediada na Capital Porto Velho, verifiquei que não
havia registros de Ocorrências Policiais de casos concretos <b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">com nomes de vítimas, endereços residenciais;
nomes ou apelidos de supostos infratores ou autores; datas e tipificações
criminais </i></b>de delitos praticados contra vítimas menores. Na realidade, a
partir da Gestão da Delegada Noelle Caroline Xavier Ribas Leite, a partir do
segundo semestre de 2010, esta Delegacia vem realizando excelentes trabalhos,
os quais têm reconhecimento tanto da população quanto das Autoridades. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Porquanto, a prostituição no
distrito de Jacy-Paraná é apenas uma faceta dentre tantos outros impactos
sociais, econômicos e ambientais <b><i style="mso-bidi-font-style: normal;">negativos</i></b>
proporcionados pela construção das duas Usinas Hidrelétricas destacadas. Desta forma, os lindos e naturais rincões que deveriam brilhar com o reflexo natural da lua sobre o grande rio atualmente estão sendo totalmente ofuscados pelas luzes multicoloridas (vermelhas, azuis, pretas, etc.) dos prostíbulos que adensam a área urbana daquele distrito. </span></div>Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-68864559890670215182012-04-08T04:38:00.001-07:002012-04-08T04:38:49.424-07:00EFMM - AMMA envia Carta-Manifesto à presidente Dilma Rousseff - Rondoniaovivo.com<a href="http://www.rondoniaovivo.com/noticias/efmm-amma-envia-carta-manifesto-a-presidente-dilma-rousseff/86472#.T4F4JQfAiiU.blogger">EFMM - AMMA envia Carta-Manifesto à presidente Dilma Rousseff - Rondoniaovivo.com</a>Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-65799373426314051912012-01-27T06:48:00.000-08:002012-01-27T06:48:46.510-08:00Lacônico Relato da Origem das Cidades Rondonienses<br /> Atualmente, o Estado de Rondônia é composto por 52 municípios. A seguir, vamos enfocar brevemente o contexto geográfico e histórico de cada um deles, destacando os seus respectivos nomes, com fundamentos no estudo de Gerino Alves da Silva Filho (Toponímia de Rondônia: Gentílicos. Revista Brasileira de Geografia, 1995).<br />
<ul style="text-align: justify;">
<li> <b>Porto Velho</b>: nasceu a partir da construção da EFMM, a qual aglutinou pessoas, construções residenciais e comércios em sua hinterlândia. Três correntes indicam o nome Porto Velho (Porto do Velho, em referência ao ribeirinho conhecido por Velho Pimentel; Porto Velho dos Militares, por ter sido um porto onde militares acampavam durante o conflito Brasil x Paraguai; Porto dos Vapores, devido o local ter sido escolhido como porto de atracação dos navios da época). No dia 2 de outubro de 1912 o então Governador do Estado do Amazonas, Jonathas de Freitas Pedroza, assinou a Lei 757 que criou o município.</li>
<li> <b>Guajará-Mirim</b>: conhecida desde o século XVIII, a cidade tem a sua origem intrinsecamente relacionada à construção da EFMM, pois foi o lugar escolhido para ser o ponto final da mesma. A origem do seu nome deve-se a junção de duas palavras indígenas (cachoeira= guajará e pequena= mirim). Em 12 de julho de 1928 o Governador do Mato Grosso, Mário Corrêa da Costa, criou o município através da Lei 991.</li>
<li> <b>Ariquemes</b>: no século XX a Comissão Rondon localizou o rio Jamari, o Seringal Papagaios e ali instalou um Posto Telegráfico. Este Posto foi homenageado com o nome da nação indígena Arikemes (também denominada Ahopovo).</li>
<li> <b>Alta Floresta do Oeste</b>: cidade originada a partir da chegada de correntes migratórias na década de 1980. O nome deriva da existência da imponente floresta guaporeana.</li>
<li> <b>Alto Alegre dos Parecis:</b> criada a partir de um núcleo agropecuário na década de 1980, na área da Chapada dos Parecis. O nome foi dado pelos moradores pioneiros, considerando as belezas naturais da referida Chapada.</li>
<li> <b>Alto Paraíso</b>: criada a partir do projeto de assentamento de colonos do INCRA, o Núcleo Urbano de Apoio Rural Marechal Dutra na década de 1980. A denominação foi dada pelos colonos em homenagem às belezas naturais do lugar.</li>
<li> <b>Alvorada do Oeste</b>: surgiu pelo povoamento formado por colonos de Ouro Preto do Oeste e Presidente Médici, os quais buscaram um novo amanhecer em terras agricultáveis e se fixaram nas proximidades da Chapada dos Parecis.</li>
<li> <b>Buritis</b>: foi criada a partir de um pólo de produção agropecuária na década de 1990. Recebeu o nome em alusão à palmeira típica na região chamada Buriti.</li>
<li> <b>Cabixi</b>: formada por colonos oriundos de Colorado do Oeste na década de 1980, tendo o nome relacionado aos índios Cabixis.</li>
<li> <b>Cacaulândia</b>: teve a sua origem no Núcleo de Apoio Rural na década de 1980, recebendo o nome devido à expressiva produção do cacau.</li>
<li> <b>Cacoal</b>: Anísio Serrão, responsável pela guarda dos fios da Comissão Rondon denominou o lugar devido à existência de cacaueiros nativos.</li>
<li> <b>Campo Novo de Rondônia</b>: foi criada pelo núcleo garimpeiro que possuía campo de pousos e decolagens de pequenas aeronaves na década de 1980.</li>
<li> <b>Candeias do Jamari</b>: a origem desta cidade está relacionada à criação de um distrito policial, em 14 de novembro de 1939, no lugarejo então pertencente ao município de Porto Velho. O município recebe o nome do rio Candeias que banha as suas terras.</li>
<li> <b>Castanheiras</b>: a cidade foi criada a partir do núcleo urbano de apoio rural denominado União da Vitória, desenvolvido na década de 1980. O nome Castanheiras foi dado pelo historiador e então deputado Amizael Gomes da Silva, na década de 1990, levando em conta a existência em grandes quantidades de castanheiras (espécies vegetais do gênero Castânea).</li>
<li> <b>Cerejeias</b>: área de colonização e assentamento de colonos, o nome do município se deve a existência em grandes quantidades das árvores denominadas cerejeiras. Este lugar se desenvolveu a partir do final da década de 1970, no entorno da cidade de Colorado do Oeste.</li>
<li> <b>Chupinguaia</b>: constituído a partir das terras desmembradas dos municípios de Corumbiara e Vilhena, o município foi criado na primeira metade da década de 1990. O seu nome está relacionado a um rio local chamado pelos índios de “rio de sangue”.</li>
<li> <b>Colorado d’Oeste</b>: originada pelo Projeto Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro, desenvolvido pelo INCRA ainda na década de 1970, a cidade recebeu este nome em alusão ao rio Colorado.</li>
<li> <b>Corumbiara</b>: o nome está diretamente ligado a tribo indígena existente antes da chegada dos colonizadores e ao importante rio homônimo da localidade. Também surgiu como Núcleo urbano de Apoio Rural do Projeto de Integrado de Colonização Paulo Assis Ribeiro na década de 1980.</li>
<li> <b>Costa Marques</b>: nos idos de 1920, o local formado por um pequeno povoado foi chamado Porto Costa Marques, em homenagem ao Engenheiro matogrossense Espiridião da Costa Marques.</li>
<li> <b>Cujubim</b>: foi criada de um núcleo de produção agropecuária e mineral (cassiterita), na década de 1990, nos arredores da cidade de Ariquemes. O seu nome tem como causa a ave (cujubim) existente em Rondônia.</li>
<li> <b> Espigão d’Oeste</b>: inicialmente o lugar denominava-se “Itaporanga”. Era o mesmo nome da seda da empresa de colonização formada pelos pelos imigrantes paulistas conhecidos como “Irmãos Melhorança”, nos idos nos anos 70. Posteriormente, o lugar passou a ser chamado de Espigão do Oeste, com a chegada dos imigrantes oriundos das regiões Sul e Sudeste do país.</li>
<li> <b>Governador Jorge Teixeira</b>: formado a partir do NUAR chamado de “Pele Branca”, este lugar foi desenvolvido pelo trabalho dos colonos. O seu nome foi dado como uma forma de respeito ao primeiro Governador do Estado de Rondônia, o memorável Coronel Jorge Teixeira de Oliveira.</li>
<li> <b>Itapuã d’Oeste</b>: foi formada por um povoado situado a margem da rodovia BR 464, a 105 km de Porto Velho. Devido as águas do rio Jamari banharem suas terras, o lugar transformado em município em 1992 foi denominado de Jamari, como sugestão de Amizael Gomes da Silva. Contudo, posteriormente passou a ser denominado oficialmente “Itapuã do Oeste”.</li>
<li> <b>Jaru</b>: a cidade de Jaru, cuja denominação se deu em referência a existência dos povos indígenas Jarus, foi criada a partir de um posto telegráfico instalado pela Comissão Rondon, por volta do ano de 1912.</li>
<li> <b>Ji-Paraná</b>: originada a partir dos seringais existentes a partir do século XIX, por seringueiros nordestinos, inicialmente o lugar ficou conhecido como Vale do Urupá. Com a chegada da Comissão Rondon (1909), o lugar passou a ser denominado Presidente Pena (alusão ao então presidente da República Afonso Augusto Moreira Pena). A partir do ano de 1977, período da chegada de muitos migrantes predominantemente paranaenses, passou a ser chamada Ji-Paraná, em homenagem ao rio Machado ou Ji-Paraná, na ocasião da promoção para a categoria de município.</li>
<li> <b>Machadinho do Oeste</b>: Machadinho foi criada a partir de um Projeto de Colonização desenvolvido pelo INCRA no Município de Ariquemes. Sua denominação é uma homenagem ao rio Machadinho, afluente da margem esquerda do rio Machadinho ou Ji-Paraná.</li>
<li> <b>Ministro Andreazza</b>: originado do núcleo urbano de apoio rural Nova Brasília integrante do Projeto de Colonização, recebeu esse nome em homenagem ao Ministro Mário Andreazza, na década de1980.</li>
<li> <b> Mirante da Serra</b>: criada a partir do núcleo urbano de apoio rural Mirante da Serra, na década de 1980, tornou-se um centro de produção agrícola. Sua denominação é uma homenagem ao acidente geográfico chamado serra do Mirante. Esta é a origem do seu nome oficial.</li>
<li> <b>Monte Negro</b>: sua origem remonta a implantação do núcleo urbano de apoio rural Boa Vista, na década de 1980. O seu nome também se refere a uma homenagem a um acidente geográfico homônimo existente naquele município.</li>
<li> <b>Nova Brasilândia d’Oeste</b>: esta cidade tem seu nome em referência à cidade de Brasília, pois no momento de sua criação, vivia-se uma atmosfera de desenvolvimento e interiorização, através do assentamento de colonos às margens da BR-364 e adjacências.</li>
<li> <b>Nova Mamoré</b>: a cidade de Nova Mamoré foi constituída por antigos moradores da Vila Murtinho (povoação oriunda da EFMM) que migraram para o novo lugar situado a margem da rodovia BR-425, denominando-o Vila Nova. Com o seu desenvolvimento, finalmente passou a chamar-se Nova Mamoré, na década de 1980.</li>
<li> <b>Nova União</b>: a cidade surgiu da união de colonos que formaram um núcleo agropecuário naquele lugar, na década de 1990. Daí o sentido do seu nome.</li>
<li> <b>Novo Horizonte d’Oeste</b>: foi originada a partir do núcleo de apoio rural Novo Horizonte, na década de 1980. A cidade passou a ser oficialmente denominada Novo Horizonte.</li>
<li> <b>Outro Preto d’Oeste</b>: a cidade de Outro Preto do Oeste foi derivada do Projeto Integrado de Colonização (PIC), desenvolvido em 1970 pelo INCRA. O seu nome foi originado a partir do Seringal Serra de Ouro Preto, pertencente a um desbravador da região chamado Vicente Sabará Cavalcante.</li>
<li> <b>Parecis</b>: formado a partir de um núcleo agropecuário, na década de 1990, situado na região sul na Chapada dos Parecis. Sua denominação é uma homenagem aos índios Parecis.</li>
<li> <b> Pimenta Bueno</b>: o nome Pimenta Bueno dado ao rio Apidiá por Rondon, foi em homenagem a José Antônio Pimenta Bueno, Visconde e Marquês de São Vicente. O município foi criado na segunda metade da década de 1970.</li>
<li> <b>Pimenteiras d’Oeste</b>: localizado na porção Sul do Estado, foi criado na primeira metade da década de 1990. Local de antigos seringueiros, cuja denominação está relacionada ao “lote pimenteiras”, terras doadas pelo governo do Mato Grosso em 1929 ao senhor João Nepomuceno Cebalho.</li>
<li> <b>Presidente Médici</b>: surgiu a partir de um assentamento de colonos delo INCRA, sendo que o município foi criado com áreas desmembradas de Ji-Paraná, no início dos anos 80. Em homenagem ao Presidente da República Emílio Garrastuzu Médici, a cidade recebeu este nome através de um Plebiscito realizado pela população local, no ano de 1972.</li>
<li> <b>Primavera de Rondônia</b>: também foi criado a partir de um núcleo agropecuário, na década de 1990, localizado na porção Centro-Sul de Rondônia. Os fundadores do referido núcleo o denominaram Primavera. Quando passou a ser categoria de município, recebeu o nome oficial de Primavera de Rondônia.</li>
<li> <b>Rio Crespo</b>: proveniente do núcleo urbano de apoio rural Cafelância, na década de 1980, constituiu-se numa área de produção agropecuária. O nome é uma homenagem ao rio Preto do Crespo.</li>
<li> <b>Rolim de Moura</b>: esta cidade foi criada a partir do Projeto de Colonização Rolim de Moura implantado na área pelo INCRA, na década de 1970. O nome da cidade deve-se a homenagem ao governador da capitania de Mato Grosso, no século XVIII, a Visconde de Azambuja ou Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, prestada pelo Marechal Rondon.</li>
<li> <b>Santa Luzia d’Oeste</b>: com o deslocamento de colonos procedentes da cidade de Rolim de Moura, para o Vale do Guaporé, rapidamente se formou um novo povoado que recebeu a denominação em homenagem a Santa Luzia (protetora dos olhos e da visão).</li>
<li> <b>São Felipe do Oeste</b>: formado a partir de um núcleo agropecuário na década de 1990. Recebeu este nome em homenagem a São Felipe.</li>
<li> <b>São Francisco do Guaporé</b>: formado a partir de um núcleo agropecuário na década de 1990. Recebeu este nome em homenagem a São Francisco.</li>
<li> <b>São Miguel do Guaporé</b>: formado por colonos provenientes de cidades vizinhas, cujos assentamentos ocorreram nas proximidades do rio São Miguel o qual deu origem ao nome do município.</li>
<li> <b>Seringueiras</b>: surgiu do núcleo de Apoio Rural Bom Princípio e de um Projeto de Colonização homônimo na década de 1980. Recebeu este nome em referências às seringueiras silvestres da região.</li>
<li> <b>Teixeirópolis</b>: localizado na região central rondoniense, surgiu de um Núcleo Agropecuário na década de 1990. O seu nome também é uma homenagem ao Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, último governador do Estado no regime Militar.</li>
<li> <b>Theobroma</b>: foi derivado do Núcleo de Apoio Rural Theobroma que integrava o Projeto de Colonização Padre Adolfo Rhol na década de 1980. Seu nome se deve à denominação científica do cacau (theobroma).</li>
<li> <b>Urupá</b>: originada a partir do núcleo de Apoio Rural Urupá na década de 1980. O seu nome se deve ao rio Urupá.</li>
<li> <b>Vale do Anari</b>: também oriundo de um núcleo agropecuário nos anos 90, teve o nome em referência ao rio Anari.</li>
<li> <b>Vale do Paraíso</b>: oriundo de um núcleo agropecuário nos anos 80 recebeu o nome em referência ao Igarapé Paraíso.</li>
<li> <b>Vilhena</b>: Em 1909, Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon implantou um Posto Telegráfico naquele lugar e às margens de um rio descoberto por ele ao qual batizou Piraculino. O Posto Telegráfico recebeu o nome de VILHENA em homenagem ao Engenheiro Álvaro Coutinho de Melo Vilhena, Diretor Geral dos Telégrafos do Brasil. Por efeito, Vilhena fora a denominação dada ao Município. </li>
</ul>
<br />Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-41539484915629698032012-01-14T13:33:00.001-08:002012-01-14T13:33:51.560-08:00Centenário da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://3.gvt0.com/vi/vFT-7M_It6c/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/vFT-7M_It6c&fs=1&source=uds" />
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<br />Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-4402820728877248202012-01-14T06:21:00.000-08:002012-01-14T13:18:34.503-08:00CENTENÁRIO DA EFMM by Sáimon RiverExcelente trabalho de compilação de imagens, o qual resgata e reflete a nossa verdadeira História. As fotografias podem também serem vistas no livro "A Ferrovia do Diabo" de Autoria de MANOEL RODRIGUES FERREIRA, notadamente o mais importante livro no contexto histórico da realidade local, visto que este Escritor e Jornalista também vivenciou o referido período e esteve "in situ" reunindo informações e conhecimentos empíricos sobre o processo de concepção da EFMM. DANNA MERRIL foi, sem dúvidas, os "olhos" e a "lente" (através de sua câmera fotográfica e do seu know how), uma figura importantíssima para o registro de todos os passos do processo de construção da referida via férrea. Infelizmente, os próprios brasileiros não souberam preservar o cerne da nossa origem enquanto urbe, enquanto marco historiográfico do surgimento de Porto Velho. Parabéns ao SAIMON RIVER pelo trabalho, pois devemos preservar e difundir a nossa História e, porque não dizer, a nossa Geografia (mesmo porque não há sociedade fora do espaço geográfico)para que as gerações futuras possam acessá-las e conhecê-las. Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-85942451393764465752012-01-09T17:11:00.000-08:002012-01-09T17:11:09.976-08:00Livro Didático de Geografia de Rondônia - Rondoniaovivo.com<a href="http://www.rondoniaovivo.com/detalhes_classificados.php?cla=51514#.TwuQBW_cP2Z.blogger">Livro Didático de Geografia de Rondônia - Rondoniaovivo.com</a>Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-19687398581512156122010-08-16T16:38:00.000-07:002010-08-17T04:22:59.724-07:00GEOGRAFIA DE RONDÔNIADIFERENTES REGIONALIZAÇÕES, UMA IDENTIDADE<br /> <br /> A região geográfica é uma área do espaço que possui características físicas, sociais, históricas ou econômicas análogas. A influência dessas características estabelece a distinção entre as diversas regiões. Devido as dimensões continentais do Brasil, desde a segunda metade do século XX têm surgido várias divisões regionais, constituindo um seriíssimo problema, principalmente no enfoque didático. Estas regionalizações, se não estudadas e observadas atentamente, podem causar problemas, embaraços ou dificuldades de compreensão, especificamente, sobre os limites territoriais e as características das regiões brasileiras. <br /> Quais são os critérios que presidem a criação de tantas divisões regionais? <br /> Como tornar mais didática a identificação e a compreensão da região onde moramos?<br /> A mais difundida divisão regional, é a do IBGE que dividiu o país em cinco macro regiões ou grandes regiões, levando em consideração os critérios político-administrativos. É a partir dessas grandes regiões, que o IBGE realiza levantamentos de diversos dados estatísticos (censos demográficos, censos agropecuários, entre outros), com o objetivo de estabelecer diagnoses sociais e econômicas, para que o governo possa até melhor aplicar os recursos destinados às áreas sociais, pelo menos, teoricamente. <br /><span style="font-weight:bold;">Região Norte</span><br /> De modo geral, os Estados da região Norte possuem características físicas ou naturais muito semelhantes, exceto o Estado do Tocantins, que somente passou a integrar a região, por meio da Constituição Federal de 1988, fundamentado apenas em decisões políticas. Porém, do ponto de vista dos aspectos naturais predominantes (clima, relevo, solo, hidrografia, vegetação e domínio morfoclimático), históricos e socioeconômicos, esse Estado deveria integrar a região Centro-Oeste do Brasil, porque possui as características que o identificam com a região onde foi originado. <br /> Uma inobservância, refere-se à negligência da grave situação de desequilíbrio regional existente no país, ou seja, de um lado, temos regiões com grandes metrópoles, possuidoras de alto nível de industrialização e urbanização, e de outro, existem regiões fracamente industrializadas, urbanizadas e integradas economicamente, com uma participação pouco expressiva no PIB do país.<br /> <span style="font-weight:bold;">Amazônia</span><br /> Outra regionalização que divide o país em três grandes complexos regionais ou regiões geoeconômicas, fundamentada em critérios históricos e econômicos, foi criada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, em 1967. <br /><br /> Os Estados que compõem esta região, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, parte dos Estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, formam uma área de instabilidade rural, devido os conflitos pela posse da terra. <br /> A Amazônia brasileira, também chamada de Amazônia Legal, é uma área criada pela Lei n° 1.906, localizada nos limites do paralelo 16° 5' em Mato Grosso, do paralelo 13° 5' em Goiás e do meridiano 44° Oeste de Greenwich, no Maranhão. A Amazônia brasileira abrange os Estados do Amazonas, Pará, Rondônia, Acre, Roraima e Amapá, parte Oeste do Maranhão, a quase totalidade do Estado de Tocantins e quase todo o Estado do Mato Grosso. Esta é uma forma de distinguir a Amazônia que fica inteiramente no território nacional do restante da Pan-Amazônia, também chamada de Amazônia sul-americana ou internacional. A Amazônia Legal foi criada por força de Lei, com cerca de 5.057.590 km², no ano de 1966, ao mesmo tempo em que definiu os limites da atuação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM). No ano de 2001 a SUDAM foi desativada, porque não estava cumprindo a sua real finalidade, sendo utilizada para desvios de verbas públicas, através de verdadeiras quadrilhas de ladrões (políticos, empresários e funcionários daquele órgão). Contudo, este órgão foi reativado no dia 21 de agosto do ano de 2003.<br /> Ainda no âmbito da questão regional, muitos concordam com a idéia de que existe a Amazônia Real, uma área que abrange os limites dos Estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Amapá e Roraima. <br /> O Estado de Rondônia faz parte de todas as regiões mencionadas, pois não pode ser visto isoladamente do contexto do espaço regional brasileiro. De modo geral, algumas destas formas de regionalização do país não são totalmente erradas e irrefutáveis, porque elas atendem determinadas especificidades de caráter político-administrativo, de planejamento socioeconômico e territorial, de utilização didática, entre outras. Por conseguinte, Rondônia está inteiramente no âmbito da Amazônia. <br /> Na nossa visão, uma dificuldade didática que se apresenta, diz respeito à divisão política. Por exemplo, na regionalização do IBGE, a grande região Norte possui sete Estados, bem delimitados. Seguindo este raciocínio, a divisão política da Amazônia Legal, torna-se inconveniente porque alguns Estados são fragmentados. Esta regionalização pode ser adequada para enfocar os fenômenos naturais e a ação das sociedades locais, visto que a Amazônia brasileira constitui um prolongamento de uma grande área natural denominada floresta Amazônica, a qual se distribui também pela Guiana Francesa, Guiana, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Outra dificuldade pode ser verificada quando se pretende representar a população residente na região, sendo mais apropriada para esta finalidade a divisão regional oficial. <br /> A Amazônia brasileira é um espaço geográfico extremamente grande, nove vezes maior que o território da França, por exemplo. Devido a sua grande extensão territorial, os recursos naturais também são amplos, porém, vulneráveis, logicamente. <br /> A região possui uma das maiores biodiversidades do planeta Terra, constituindo-se numa trilha ainda pouco conhecida, com muitas geografias ocultas, apresentando as seguintes multiplicidades e contradições:<br /><br />• uma enorme variedade de animais, insetos e plantas já catalogados pelos cientistas, mas certamente, centenas de similares ainda desconhecidos;<br />• a maior concentração de florestas tropicais do mundo, porém, desmatamentos, queimadas descontroladas e poluição do ar no período seco;<br />• solos pouco produtivos para o cultivo agrícola, mas um subsolo rico em minerais metálicos, não metálicos e recursos energéticos;<br />• a maior bacia hidrográfica de todos os continentes, a grande bacia Amazônica, mas problemas de poluição das águas por metais pesados, como o mercúrio, que contamina os peixes, que por sua vez, contaminam aqueles que os consomem;<br />• a cobiça de muitos países dos quatro hemisférios do mundo, pelos estoques naturais que a região possui, agravada pela inexistência de um efetivo controle da exploração dos recursos naturais amazônicos que continuam sendo biopirateados, face à letargia e inoperância dos governos municipais, estaduais, federal e dos seus órgãos fiscalizadores. <br /> A Amazônia não pode ser vislumbrada somente pela grandiosidade dos seus elementos naturais, das poucas tribos indígenas que se encontram homiziadas em suas reservas, da degradação ambiental proporcionada pelos pecuaristas, garimpeiros, madeireiros e dos conflitos pela posse da terra. No entanto, a velocidade da divulgação desse cenário faz com que grande parte da população brasileira e estrangeira, detenha exatamente esta imagem nos seus imaginários. <br /> Além dessas questões, a Amazônia também possui uma considerável população, que precisa viver dignamente (trabalhar, estudar, morar), enfim, necessita ter uma boa qualidade de vida. A Amazônia possui duas metrópoles regionais, algumas cidades médias e muitas cidades de pequeno porte. A paisagem industrial concentra-se mais fortemente, no Estado do Amazonas, com o complexo industrial da Zona Franca de Manaus. Possui uma grande concentração da exploração mineral, no Estado do Pará, dominada por empresas de capital estrangeiro, como a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Possui problemas comuns às grandes metrópoles, como desemprego, violência, surgimento de favelas, entre outros. <br /> Dessa forma, a região Amazônica torna-se uma complexão que precisa ser vista e analisada na sua totalidade, pois se constitui em um grande arrosto ecológico, social, econômico e geopolítico aos administradores e às autoridades governamentais, para que se encontre o liame, o ponto de equilíbrio entre a produção, o desenvolvimento e a preservação, através de políticas públicas eficientes. Amazônia é, antes de tudo, um grande desafio para os governantes.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-26300116598212436562010-08-09T15:48:00.001-07:002010-08-09T15:48:52.079-07:00GEOGRAFIA DE RONDÔNIADICOTOMIA POLÍTICA: CAPITAL X INTERIOR<br /><br /> Porto Velho, cidade histórica, sede política e administrativa do estado de Rondônia, polo universitário, capital regional. Não obstante todos estes adjetivos, a cidade de Porto Velho carece de investimentos oriundos das esferas federal, estadual e municipal. O tempo passa, os problemas urbanos se avolumam e os poderes públicos são incapazes de oferecer alternativas para dirimir ou minorar as demandas sociais e econômicas dos nossos citadinos, em relação às necessidades primárias referentes aos seguintes aspectos:<br />• educação pública e de qualidade;<br />• assistência médico-hospitalar gratuita e de qualidade;<br />• segurança pública eficiente;<br />• maior oferta de emprego e renda.<br /> Seguramente, os problemas que afetam a cidade de Porto Velho não se apresentam somente porque Rondônia é um jovem estado ou mesmo porque a sua localização geográfica dista das regiões mais desenvolvidas do país; mas sim pela falta vontade e postura política por parte dos ”representantes do povo” (ou dos representantes dos seus interesses particulares?). Na realidade, Rondônia carece de políticos honestos, nascidos aqui e ultra comprometidos com o estado e a sua população. <br /> De 1934 a 1981, Rondônia teve 29 governantes, todos indicados pelo governo central militar. Com a introdução do estado democrático de direito, fundamentado na Constituição de 1988, a população passou a eleger os governadores. <br /> A partir da década de 1990, apenas um filho de Rondônia, Osvaldo Piana Filho, foi eleito governador. De lá para cá, os governantes eleitos são todos migrantes, radicados em diferentes cidades do interior. Apesar de Porto Velho constituir o maior colégio eleitoral em comparação com os demais municípios, a capital não consegue eleger um governante para o estado, visto que a somatória populacional dos eleitores dos municípios do interior é muito superior ao número de eleitores porto-velhenses. Neste contexto, outro fator é determinante para a manutenção do seguinte quadro: a falta de penetração política dos candidatos da capital junto a grande massa de eleitores radicados nos municípios interioranos.<br /> Aqueles políticos porto-velhenses que se arvoram ao maior cargo político do estado, também, esbarram na desigualdade em termos de concorrência, visto que muitos candidatos do interior detêm o controle sobre o seu eleitorado, visto que os próprios eleitores locais não permitem que pessoas ali e alhures sequer falem mal de seus candidatos. São políticos que transformaram e/ou transformam o local onde moram em mais que um simples reduto eleitoral, mas sim e sobretudo, em verdadeiras oligarquias, como as que ocorreram e/ou ocorrem em Vilhena (família Donadon); em Rolim de Moura (família Raup, família Cassol); em Ariquemes (família Amorim, família Moura); Ji-Paraná (Bianco/seus asseclas, família Gurgacz). <br /> A idéia de estado presume um todo, um conjunto, onde cada parte é importante para a estrutura e o funcionamento do sistema. Nenhuma unidade deve ser vista, beneficiada e/ou prejudicada isoladamente, sob pena de surgir um desequilíbrio ou mesmo uma macrocefalia. Entretanto, muitos municípios apresentam um maior grau de dificuldade ou dependência econômica, devido a sua má geração, ou seja, a criação de municípios políticos sem condições mínimas de auto-sustentação econômica.<br /> Portanto, analisando a problemática política por este prisma, podemos concluir que vivemos uma dicotomia entre a capital e o interior. Na verdade, o que se deseja não é apenas e tão somente a criação de uma mera competição entre capital x interior, entre político A x político B. Em realidade, almejamos que os políticos sejam probos, éticos e que estejam à serviço da população, pois não precisamos de representantes comerciais e de toda sorte de irresponsáveis que visam apenas satisfazer suas necessidades e dos seus grupos.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-76990178929591657892010-08-09T12:55:00.000-07:002010-08-09T12:56:42.750-07:00GEOGRAFIA DE RONDÔNIAGEOGRAFIA DA VIOLÊNCIA: ANÁLISE DO SISTEMA PRISIONAL<br /><br /> A situação do sistema prisional em Rondônia não é muito diferente da realidade do país. Alguns fatos acontecidos no interior deste falido sistema ocorrem aqui e alhures. Ao contrário do que muitos pensam o Urso Branco não é um presídio, mas sim uma casa de detenção com capacidade para acomodar pouco mais de trezentas pessoas. Entretanto, a população carcerária atual ultrapassa a ordem de mais de mil detentos, gerando uma superlotação. Nos últimos cinco anos desta primeira década do século XXI, ocorreram três grandes rebeliões naquela cadeia, resultando em dezenas de presos mortos por outros detentos. Em decorrência destes fatos, o estado de Rondônia foi condenado pelo Tribunal Interamericano de Direitos Humanos.<br /> Assistimos a todas essas desordens violentas e ficamos estarrecidos, pois o tempo passa e nenhuma providência eficaz é tomada para solucionar os problemas que ocorrem naquela cadeia, visto que as próprias autoridades, principalmente do poder executivo, são incompetentes para lidar com a problemática existente no sistema prisional rondoniense. Ficou comprovado que as autoridades da SEAPEN e da SESDEC estão submissas às vontades dos facínoras, líderes das rebeliões mencionadas, porque a cada rebelião cedem às pressões desses meliantes, demonstrando que não têm o controle interno da casa de detenção Urso Branco e descumprindo ordens e decisões de promotores da Vara de Execuções Penais. Em determinada ocasião, a habilidade dos gestores da SEAPEN demonstrou dois pesos e duas medidas, pois para os presos rebelados eles cederam a todas as exigências e para os agentes penitenciários que estavam em greve exigindo o pagamento de uma ação conquistada na justiça em 1997, o secretário ameaçou demiti-los. Na realidade, os bons profissionais do sistema penitenciário deveriam ter melhores condições de trabalho e salários condignos. <br /> Esses episódios indicam que os próprios bandidos têm consciência de que a justiça no estado e no país só penaliza preto, pobre e prostituta; pois se não fosse dessa forma os criminosos de ”colarinho branco”, políticos das três esferas legislativas (federal, estadual e municipal), ex-governadores, autoridades do tribunal de contas e do judiciário, entre outros; também deveriam ser punidos com o rigor da lei. Quantos desses figurões foram realmente penalizados ou devolveram o dinheiro desviado?<br /> O crime organizado exerce grande influência sobre o sistema penitenciário local, e também, em escala nacional, visto que os fatos comprovam tal assertiva. Nesse contexto, o PCC (Primeiro Comando da Capital) deu uma demonstração de força no estado mais pujante do país, em termos de desenvolvimento econômico, São Paulo. Entre os dias 12 e 16 de maio de 2006, dezenas de trabalhadores daquele sistema de segurança pública: policiais civis e militares, agentes penitenciários, bombeiro militar, etc., morreram em decorrência de ataques e emboscadas realizadas por criminosos a mando do PCC. Naquele momento, a cidade transformou-se num caos, pois ônibus eram incendiados, bandidos ordenavam toque de recolher à população, mandavam fechar as lojas e comércios, atacavam residências de policiais. A imprensa noticiou que as autoridades policiais paulistas negociaram o final da onda de terrorismo com os líderes do PCC, intermediados por uma advogada que foi levada de avião ao presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, cedendo às pressões dos criminosos e atendendo algumas reivindicações dos mesmos. <br /> Os cidadãos de bem, os humanos direitos clamam por mudanças urgentes na Lei de Execuções Penais, que atualmente concede benefícios absurdos aos presos de alta periculosidade, como por exemplo: visitas íntimas, indulto do dia das mães, indulto natalino, etc. Acredito que presos que cometem crimes hediondos devem cumprir penas duras, sem regalias. Nas condições atuais, os criminosos têm a certeza de que o crime compensa e de que a impunidade gera maior delinqüência, pois não obstante a superpopulação carcerária, os presídios brasileiros são locais de laser para eles que comem, bebem, usam celulares livremente, praticam sexo inclusive com prostitutas que os visitam, causam destruição aos prédios públicos, compram funcionários públicos corruptos, advogados, etc., enfim, ditam as regras de funcionamento dos presídios. Os parlamentares devem tirar das gavetas os mais diversos projetos de leis que alteram a LEP e o CPB, visando banir os privilégios concedidos aos presos no Brasil e endurecer as leis. O Código Penal não condiz com a realidade atual, visto que foi elaborado para a sociedade que vivia no final da primeira metade do século XX, onde os costumes eram outros, a população era muito menor, os índices de criminalidade eram menores e não havia certas modalidades de crimes que ocorrem atualmente. <br /> As mudanças precisam atingir o sistema prisional brasileiro que deve ser totalmente repensado. Novos presídios de segurança máxima, como o de Presidente Bernardes (SP), com celas individuais e regime disciplinar rígido, precisam ser construídos. Para tanto, seria interessante até mesmo a privatização dos presídios, visto que o governo federal investe muito pouco na segurança pública e os estados e municípios não têm condições de promover investimentos significativos neste setor. Por outro lado, é preciso repensar o papel do preso na cadeia, deixar de vê-lo somente sob o ângulo dos direitos humanos, como uma vítima da sociedade. Os presos devem ser submetidos a um sério regime disciplinar, trabalhar, produzir até a alimentação e os uniformes próprios, pois precisam passar do estágio de destruidores/sugadores para atingir o nível de construtores/produtores, com vistas à reinserção social.<br /> As instituições policiais também carecem de mudanças. No Brasil, temos uma sobreposição de polícias: federal, rodoviária federal, ferroviária (no âmbito federal); civil e militar (no campo de ação estadual); além das guardas municipais, em alguns municípios brasileiros (na esfera municipal). Recentemente criou-se a Força Nacional, uma tropa especial, formada por homens dos Corpos de Bombeiros Militares e Polícias Militares de diversos estados, os quais recebem treinamento por um determinado período e ficam aguardando nas suas respectivas Corporações uma eventual convocação para intervir em determinadas situações. Na realidade, a Força Nacional foi empregada no Espírito Santo em 2005 e em Mato Grosso no mês de junho de 2006. Dessa forma, são várias forças policiais ou aparelhos ideológicos do estado voltados para a segurança pública, mas os resultados efetivos no combate à criminalidade deixam a desejar. Além disso, há uma certa rivalidade entre esses organismos policiais. Neste contexto, se faz necessária uma reforma profunda nas instituições policiais, buscando melhorar a qualidade dos serviços. Isto seria possível através de uma efetiva integração ou unificação policial. Assim, o governo federal precisa investir mais dinheiro na segurança pública, bem como, os próprios estados e municípios, com vistas a minimizar o impacto negativo da criminalidade sobre a população. Em um primeiro momento, seria importante investir na qualificação e aperfeiçoamento profissional, excluindo os policiais corruptos, pagando melhores salários aos policiais e oferecendo melhores condições de trabalho (armamento moderno e munições, coletes à prova de bala, viaturas, rádios de comunicação, assistência médico-hospitalar, etc.). Depois disso, os governos poderiam investir mais em educação pública de qualidade, cursos de qualificação profissional para comunidades carentes, visto que estas ações serviriam de base para se evitar o crescimento geométrico de populações marginais.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-9985496834858524752010-08-09T12:22:00.000-07:002010-08-10T08:49:34.408-07:00GEOGRAFIA DE RONDÔNIACRISE POLÍTICA E INSTITUCIONAL EM RONDÔNIA: PROBLEMA VERBAL <br /><br /> Aos 15 dias do mês de maio do ano de 2005 o estado de Rondônia passou a ser notícia nacional negativa, mais uma vez. A população de Rondônia ficou literalmente perplexa com as chamadas da Rede Globo de Televisão, as quais tinham como foco uma grave denúncia de corrupção feita pelo governador <span style="font-weight:bold;">Ivo Narciso Cassol</span>. Naquele fatídico domingo, toda a expectativa da população estava voltada para o programa Fantástico que divulgaria a reportagem a respeito dos fatos. Entretanto, milhares de cidadãos rondonienses foram surpreendidos porque no exato momento em que seria apresentada, a reportagem foi retirada do ar na cidade de Porto Velho ( no canal aberto da TV Rondônia) por força de decisão judicial exarada pelo desembargador Gabriel Marques, acatando o pedido de vinte e um deputados. A reportagem foi exibida para todos os estados da Federação, e também, para a grande maioria dos municípios rondonienses. Porto Velho, cidade que concentra a maior população absoluta do estado, ficou aquém do direito informacional (muitas pessoas desavisadas até brincam - Rondônia não faz parte do Brasil -, o que é um absurdo geográfico pensar desta forma) porque teve o sagrado acesso constitucional à informação cerceado por um agente público (que se dizia defensor dos direitos da sociedade), Professor universitário de Direito, cuja prática vai no caminho diametralmente oposto ao interesse do povão. Naquela mesma noite, setores da sociedade civil organizada manifestaram indignação, protestaram em frente da TV Rondônia, da Assembléia Legislativa e da casa do citado jurisconsulto. <br /> O ato que gerou tamanha expectativa foi a divulgação de uma filmagem feita pelo Governador Ivo Cassol, em sua residência, quando um grupo de deputados capitaneados pela Deputada <span style="font-weight:bold;">Elen Ruth</span> exigia que o chefe do Poder Executivo estadual repassasse mensalmente a quantia de 50 mil Reais. Segundo a deputada, o Governador não consertaria o mundo, por isso, deveria ceder visto que tal prática era comum nos dois governos anteriores, caso contrário, o mesmo não teria governabilidade. Outro parlamentar que acompanhava a citada deputada, <span style="font-weight:bold;">Ronilton Capixaba</span>, insistia na propina, sugerindo que não passariam de meros marionetes, aceitando tudo que o executivo determinasse, inclusive, faltando às sessões plenárias, indo à pescaria ou viajando ao Rio de Janeiro nos dias ensolarados. Pegando a carona dos citados deputados, outros parlamentares também participaram do cinema marginal, fazendo as mais inacreditáveis e vergonhosas propostas, dentre os quais, <span style="font-weight:bold;">Kaká Mendonça</span>, <span style="font-weight:bold;">João da Muleta</span>, <span style="font-weight:bold;">Emílio Paulista</span> (que passaria para trás até alguns dos seus comparsas, repassando menor quantia do dinheiro rapinado), e <span style="font-weight:bold;">Amarildo Almeida</span>. Esses deputados exigiam o dinheiro para um grupo de dez deputados, sendo que mais três parlamentares pilantras seriam locupletados. <br /> No dia 22 de maio do ano de 2005 a Rede Globo de Televisão divulgou novos trechos da filmagem do Governador Ivo Cassol, nos quais o deputado <span style="font-weight:bold;">Emílio Paulista</span> afirmou que o Presidente da Assembléia Legislativa de RO, Carlão de Oliveira, teria praticado corrupção ativa, por meio da compra de votos no valor de R$ 200.000,00 pagos a cada deputado para elegê-lo Presidente da ”Casa do Povo”. Na mesma reportagem, outros trechos incriminam os deputados <span style="font-weight:bold;">Chico Doido</span>, <span style="font-weight:bold;">Chico Paraíba</span>, <span style="font-weight:bold;">Edson Gazoni</span>, <span style="font-weight:bold;">Leudo Buriti</span>, <span style="font-weight:bold;">Daniel Neri</span> e <span style="font-weight:bold;">Marcos Donadon</span>. No dia 29 do referido mês, o Fantástico divulgou novo trecho da filmagem, no qual o deputado Chico Paraíba exigia dinheiro para um grupo menor de deputados. Na mesma reportagem, foi mostrado um estelionatário que participou da falsificação de cheques, emitidos por fornecedores para a Assembléia Legislativa, sendo que no gabinete do deputado Edson Gazoni os mesmos tinham os valores adulterados, depois sacados nos bancos e as cifras eram repassadas ao citado parlamentar. <br /> O fato é que Rondônia teve mais uma vez o seu nome achincalhado, não pelo seu povo ordeiro e trabalhador, mas sim e, sobretudo, pelos políticos corruptos que para cá vieram arrastando a cachorrinha e construíram fortunas às custas de falcatruas e da enganação. A partir desta celeuma, a população (principalmente aquelas pessoas que vendem o voto) deve refletir e escolher melhor os seus representantes. Já a classe política, deve envergonhar-se diante da magnitude dos fatos. Esse episódio repercutiu negativamente por todo o país e disseminou-se por várias regiões do mundo globalizado. <br /> Ao mesmo tempo em que a população rondoniana ficou perplexa, a indignação causou um magnífico exercício da cidadania, fazendo com que professores e estudantes fossem para as ruas, exigindo justiça, intervenção federal e o afastamento de todos os políticos envolvidos nestes nefastos atos. Certamente, a sociedade rondoniense está demonstrando elevado espírito moral, ético e cívico, servindo de exemplo a ser seguido por todos os brasileiros, porque a corrupção não está restrita ao estado de Rondônia, mas atinge os mais de 5560 municípios brasileiros, os demais 25 Estados e o Distrito Federal. <br /> Ainda no programa Global “Fantástico”, do dia 26 de junho de 2005, uma reportagem mostrou o desvio de mais de R$ 15 milhões entre maio de 2004 e abril de 2005, efetuado por 23 deputados estaduais que faziam pagamentos para terceiros (”laranjas”), furtando portanto o dinheiro público. Estes fatos foram revelados pela Polícia Federal, que cumpriu o mandado de busca e apreensão na Assembléia Legislativa de RO, rastreando os computadores apreendidos e comprovando essa realidade.<br /> Vale salientar, que o único parlamentar que não teve o nome citado nos atos ilícitos destacados foi o deputado Neri Firigolo. Este parlamentar foi no mínimo omisso porque certamente tinha conhecimento desta farra com o dinheiro público, mas não noticiou os crimes à Polícia Federal. <br /> Em 05 de agosto de 2006 a Polícia Federal desencadeou a ”Operação Dominó”, cumprindo diversos mandados de Prisão, Busca e Apreensão na cidade de Porto Velho. Nesta ocasião, foram presas 23 pessoas dentre as quais: <span style="font-weight:bold;">José Carlos de Oliveira ou ”Carlão de Oliveira”</span> (Presidente da Assembléia Legislativa de RO), <span style="font-weight:bold;">Sebastião Teixeira Chaves</span> (Presidente do Tribunal de Justiça de RO), <span style="font-weight:bold;">Edílson de Souza Silva</span>, <span style="font-weight:bold;">José Carlos Vitachi</span> (ex-Procurador Geral), <span style="font-weight:bold;">José Jorge Ribeiro da Luz</span> ( Juiz), <span style="font-weight:bold;">Carlos Magno</span> (ex-Chefe da Casa Civil), <span style="font-weight:bold;">Jurandir Almeida Filho Júnior</span> (irmão do deputado estadual Amarildo Almeida), <span style="font-weight:bold;">Edson</span> Wander Arrabal (assessor do Deputado Amarildo Almeida), <span style="font-weight:bold;">Eliezer Magno Arrabal</span> (assessor do Deputado Amarildo Almeida), <span style="font-weight:bold;">Adelino César De Moraes</span> (assessor do Deputado Amarildo Almeida), J<span style="font-weight:bold;">oarez Nunes Ferreira</span> (assessor do Deputado Amarildo Almeida), M<span style="font-weight:bold;">arcos Alves Paes</span> (chefe de gabinete do deputado Amarildo Almeida), <span style="font-weight:bold;">José Ronaldo Palitot</span> ( diretor geral da Assembléia), <span style="font-weight:bold;">Emerson Lima Santos</span> (diretor de RH da Assembléia), <span style="font-weight:bold;">Marlon Sérgio Lutosa Jungles</span> (cunhado do presidente da Assembléia), <span style="font-weight:bold;">José Carlos Cavalcante de Brito</span> (servidor da Assembléia), <span style="font-weight:bold;">João Carlos Batista de Souza</span> (assessor do presidente da Assembléia), <span style="font-weight:bold;">Lizandreia Ribeiro de Oliveira </span>(irmã do presidente da Assembléia), <span style="font-weight:bold;">Moisés José Ribeiro de Oliveira</span> (irmão do presidente da Assembléia), <span style="font-weight:bold;">Márcia Luiza Scheffer de Oliveira</span> (mulher do presidente da Assembléia), <span style="font-weight:bold;">Rosa Salomé Soares</span> (assessora do deputado Haroldo dos Santos), <span style="font-weight:bold;">Haroldo Augusto Filho</span> (filho do deputado estadual Haroldo Santos), <span style="font-weight:bold;">Gebrin Abdala Augusto dos Santos</span> (filho do deputado Haroldo Santos). <br /> Portanto, esta crise sem precedentes na recente história política de Rondônia, manchou profundamente a imagem do estado, visto que envolveu os três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Além do mais, Rondônia passou a ser motivo de chacota a nível nacional, sendo inclusive satirizada pelo programa Casseta e Planeta que atribuiu um novo nome ao estado: ”Roubônia”. Neste sentido, a crise institucional verificada em RO está intrinsecamente ligada ao verbo furtar.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-47484946044730344282010-06-22T18:43:00.000-07:002010-06-22T18:46:52.696-07:00GEOGRAFIA DE RONDÔNIARIBEIRINHOS: Guardiões das florestas<br /><br /> Em sentido restrito, ribeirinho é a denominação dada à pessoa que vive à margem de um rio. Desta forma, podemos afirmar com segurança que em todas as regiões brasileiras há a presença do ribeirinho, haja vista que o nosso país possui uma grande rede fluvial (um total de seis bacias hidrográficas). Entretanto, como vivemos em uma região cujo foco das atenções mundiais está voltado para ela, isto é, para a região Amazônica ou Amazônia Brasileira, afirmamos categoricamente que a população ribeirinha amazônica é muito marcante, pois são muitas as comunidades e vilarejos existentes às margens dos rios amazônicos. É claro que não temos um quantitativo estatístico real para comprovar tal assertiva. Neste contexto, vamos divagar sobre as populações ribeirinhas existentes no âmbito do estado de Rondônia.<br /> Rondônia possui três bacias hidrográficas, as quais são subdivididas em sub-bacias, uma quantidade considerável de rios importantes (Madeira, Ji-Paraná ou Machado, Mamoré, Guaporé, Roosevelt, Colorado, Abunã, etc.), além de vários lagos e igarapés, sendo que estes cursos d’água constituem dessa forma uma rica rede hidrográfica. Como sabemos, a presença humana (excetuando os indígenas que já preexistiam antes da chegada do branco), a colonização propriamente dita desses rincões amazônicos foi estabelecida historicamente pela ocupação de seres humanos alóctones, ou seja, pelos atores sociais oriundos de outras regiões, de outros países, enfim, do litoral brasileiro tais como os padres jesuítas e carmelitas, os bandeirantes, os viajantes e exploradores de especiarias, as chamadas drogas do sertão, conforme destacou PRADO JÚNIOR, 1986:70:<br /> No vale amazônico os gêneros de atividade se reduzem praticamente a dois: penetrar a floresta ou os rios para colher os produtos ou capturar o peixe; e conduzir as embarcações que fazem todo o transporte e constituem o único meio de locomoção. <br /> Os rios foram no passado e continuam sendo no presente os caminhos ou estradas naturais para que as pessoas pudessem percorrer e “descobrir” diferentes lugares e, sobretudo, para que fossem criadas às margens dos rios as cidades amazônicas, tais como:<br />• Macapá (localizada à margem do rio Amazonas);<br />• Belém ( localizada à margem do rio Guamá, Maguari e Amazonas); <br />• Boa Vista ( localizada à margem do rio Branco);<br />• Manaus ( localizada à margem direita do rio Amazonas);<br />• Porto Velho (localizada à margem direita do rio Madeira);<br />• Rio Branco (localizada à margem do rio Acre).<br /> Na realidade, o surgimento dessas urbes à beira dos rios, está intrinsecamente ligado a forma de urbanização apropriada para a época, isto é, a formação de malhas urbanas dendríticas, uma vez que a comunicação entre as cidades, a comercialização de mercadorias, o fluxo de pessoas, entre outros fatores, se davam efetivamente através dos rios porque o meio de transporte prevalecente era o navio, o barco, a canoa.<br /> Com relação ao surgimento de Porto Velho, cidade portuária e ferroviária, a partir de 1907, uma figura lendária, pois não há comprovação real de que ela tenha existido, chamada “velho Pimentel” foi destacada e propagada em alguns escritos, sendo associada a denominação da cidade ao porto do velho Pimentel. Por ilação, podemos afirmar que o velho Pimentel seria um ribeirinho que morava nas proximidades do local escolhido para construção portuária e para acomodar a estrutura necessária para o início da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. A partir daí, pequenos núcleos de populações ribeirinhas foram se estabelecendo ao longo do rio Madeira, os quais deram origem a alguns distritos à jusante deste rio, como São Carlos, Calama, etc.; sem contar os que se estabeleceram em pontos isolados (sítios) e os indígenas preexistentes. <br /> Com a ocupação humana estabelecida principalmente pelos ciclos da borracha, em Porto Velho e demais regiões do estado de Rondônia, bem como, o progresso, isto é, a construção da linha férrea, da linha telegráfica, a abertura da atual BR-364 e o surgimento de núcleos populacionais e posteriormente cidades ao longo destas; a presença de migrantes nordestinos foi fator importante. Com certeza, o nordestino foi o migrante que melhor se adaptou às condições amazônicas de vida, ou seja, foi trabalhar nos seringais (na extração do látex), se relacionou com os índios, aprendeu a conhecer facilmente a fauna e a flora, praticou a caça e a pesca, desenvolveu agricultura de subsistência (plantação de milho, macaxeira, mandioca para fazer farinha, melancia nas várzeas, etc.), coletou castanha, cacau, guaraná, entre outras especiarias florestais. Assim, o colono nordestino estabeleceu uma simbiose perfeita com o meio ambiente amazônico, no sentido de se adequar ao modo de vida dos caboclos e indígenas, bem como, de respeitar e preservar a natureza porque a sua inserção neste contexto ocorreu diferentemente do colono que aqui chegou no ciclo da agricultura, o qual tinha uma mentalidade mais predatória em relação ao primeiro, em função de que o que sabiam fazer era cultivar, criar gado, e para isso seria necessário desmatar e queimar muitos hectares. Porquanto, em contraposição à lógica capitalista e ao modo de sobrevivência da maioria dos colonos, os ribeirinhos são antes de tudo verdadeiros guardiões das florestas, pois sobrevivem sem degradar a natureza.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-62118594701995529042010-06-13T05:37:00.000-07:002010-06-13T06:51:50.961-07:00Hino de Porto VelhoHino oficial de Porto Velho.<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dweKIBF8LO7ithcA836JlWYrtK0c4Esp1BbNRtUJMQ3AUZloKOZG6lRxGWiPx4cIVB8Jr3gvzzsooaovNAWQA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-19179332584940698442010-02-17T05:29:00.000-08:002010-02-17T05:31:03.741-08:00COMPÊNDIO GEOGRÁFICO DE PORTO VELHOPrefeitos de Porto Velho eleitos democraticamente e seus respectivos mandatos:<br /><br /> Jerônimo Garcia de Santana - 1986 a 1987;<br /> Tomás Guilherme Correia - 1987 a 1988 (substituiu Jerônimo Santana, primeiro governador eleito em 15 de novembro de 1986); <br /> José Guedes - 1989 a 1992;<br /> Francisco Chiquilito Erse - 1993 a 1996;<br /> Francisco Chiquilito Erse - 1997 a 2000 (em 1998, o Vice-Prefeito Carlinhos Camurça assumiu o governo, devido a morte de Francisco Chiquilito Erse); <br /> Carlinhos Camurça - 2001 a 2004; <br /> Roberto Sobrinho - 2005 a 2008;<br /> Roberto Sobrinho - 2009 a 2012 (2° Mandato).<br /><br />Feriados do município:<br /><br />• Instalação do município de Porto Velho: dia 24 de janeiro (1915);<br />• Padroeira do município de Porto Velho: dia 24 de agosto;<br />• Criação do município de Porto Velho: dia 2 de outubro ( 1914).Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-74908814522232678012010-02-17T05:19:00.000-08:002010-02-17T11:57:40.456-08:00COMPÊNDIO GEOGRÁFICO DE PORTO VELHOParte V - URBANIZAÇÃO <br /><br />5.1. PROTO-URBANIZAÇÃO<br /> O primeiro núcleo de povoamento no âmbito das terras do atual município de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, foi o de Santo Antônio das Cachoeiras, oriundo do aldeamento fundado pelo padre João Sampaio. Por volta de 1881 naquela localidade existira um posto de coleta de drogas do sertão (especiarias como cacau, castanha, salsaparrilha, entre outras) e mercadorias, evidenciando um intercâmbio comercial e humano, estimulado inclusive por comerciantes portugueses que atuavam naquele lugar. Esta primeira vila foi criada pelo governo do estado do Amazonas, mas foi paulatinamente despovoada pelos seguintes motivos:<br /> existência de quedas de água (cachoeiras) devido o forte declive do leito do rio Madeira nestes pontos; <br /> descoberta do lugar adequado à construção do porto para ancorar os navios, embarcar e desembarcar pessoas, materiais, mercadorias, etc., situado à jusante da cachoeira de Santo Antônio;<br /> migração populacional de Santo Antônio para o jovem, crescente e auspicioso lugarejo: Porto Velho. <br /> Com a alocação de materiais, técnicos, engenheiros e trabalhadores oriundos de variadas nações a partir do ano de 1907, pela empresa norte americana P&T Collins, ocorreu a fase final de terminação da via férrea Madeira-Mamoré e, conseqüentemente, a proto-urbanização, isto é, a estruturação urbana no sentido de povoação e de implantação de equipamentos urbanos. <br /> A organização do espaço geográfico, a partir do "locus" de trabalho no entorno das obras da via férrea, teve participação direta dos administradores da citada empresa norte-americana com a construção das casas desses trabalhadores, que tinham as varandas cercadas por telas de proteção contra a invasão de mosquitos transmissores da malária ou impaludismo.<br /> Paulatinamente, esta vila progredia urbanisticamente de forma planejada, oferecendo aos trabalhadores as seguintes comodidades: luz elétrica, comércios, cinemas, cassinos, fábrica de gelo, câmaras frigoríficas, lavanderia, oficinas a vapor, serraria, água encanada abastecida pelas 3 caixas d'água (1 instalada em 1910 e 2 instaladas em 1912). <br /> À margem do perímetro urbano sob a influência da via férrea sobreviviam pequenos comerciantes, homens desempregados e até mesmo algumas meretrizes. Desse modo, havia uma segregação, traços marcantes e divergentes entre uma urbanização planejada e um aglomerado desorganizado. Posteriormente, a fronteira entre os habitantes do povoado foi delineada pela Avenida Divisória, atualmente chamada de Avenida Presidente Dutra, que naquela época tinha as margens guarnecidas por uma cerca de arames farpados. Vale destacar que Percival Farqhuar, planejou, executou a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e, consequentemente, foi o responsável pela criação do espaço geográfico (humanizado ou cultural) que mais tarde transformou-se em Porto Velho. Vale lembrar que Farqhuar foi um empresário visionário, mas ele nunca pisou no solo porto-velhense. <br /> Quanto ao nome escolhido para o vilarejo, há três versões a saber: <br />• a primeira refere-se ao velhinho chamado Pimentel que morava nas proximidades do porto fluvial e possuía um pequeno porto para atracar algumas pequenas embarcações que se dirigiam para a Vila de Santo Antônio. Em função deste fato, o local ficara conhecido pela população como "Porto do Velho" e depois Porto Velho. Esta constitui a versão mais popularizada;<br />• a segunda reporta-se a existência de um estratégico porto que foi abandonado (daí a expressão "Porto Velho") pelo Exército Republicano do Brasil, no final da Guerra do Paraguai. Devido este evento, o lugar também ficou conhecido por algumas pessoas como de "porto velho dos militares";<br />• a terceira diz que antes da chegada dos ferroviários, o local era utilizado por caçadores de animais selvagens, sendo conhecido como "Porto Velho de Caças". <br /><br />5.2. FATOR DETERMINANTE DA PROTO-URBANIZAÇÃO <br /> Segundo FERREIRA (2005:62,75,125,136) no ano de 1861, o general boliviano Quentin Quevedo, propõe às autoridades brasileiras a construção de uma via férrea que suplante as cachoeiras existentes entre os rios Madeira e Mamoré, visando escoar produtos primários da Bolívia (prata, borracha, etc.). Seis anos depois, em 1867, Dom Pedro II assina o Tratado da Amizade, o qual engloba entre outros acordos a estruturação da citada ferrovia, enviando para esta área geográfica dois engenheiros germânicos, Joseph Keller e Franz Keller, os quais fariam sondagens e estudos no entorno da calha do rio Madeira. Em 1870, o Brasil concede ao norte-americano George Earl Church a construção da ferrovia. Dois anos depois, Church contrata uma empreiteira americana, Public Works, a qual envia seus engenheiros para iniciar a construção ferroviária, sendo a obra abandonada um ano depois. Em 1878, George Church retoma o empreendimento, contratando desta vez a construtora americana P& T Collins que construiu finalmente três quilômetros de trilhos.<br /> Apesar da ousadia de George Church, em 1879 foram assentados menos de dez quilômetros de carril de ferro e o sofrimento dos trabalhadores só havia aumentado, isto é, centenas de pessoas morreram, inviabilizando mais uma vez a continuidade da obra, visto que a desistência por parte da empresa fez com que o governo brasileiro cancelasse a cessão da construção ferroviária oferecida a George Church. <br /> Entre 1881 e 1884 o governo brasileiro enviou, respectivamente, duas comissões para novos estudos de viabilidade da construção da via férrea, sendo a primeira comandada por Carlos Morsing e a segunda dirigida por Julius Pinkas. <br /> No ano de 1903, ocorreu um conflito armado envolvendo os seringueiros liderados por Plácido de Castro (instalados numa área a Oeste de Rondônia, a qual pertencia a República da Bolívia) e o exército boliviano que tentava expulsá-los. Esta situação foi controlada com a assinatura do Tratado de Petrópolis que estabeleceu o compromisso de construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, conforme o artigo III transcrito abaixo:<br />Por não haver equivalência nas áreas dos territórios permutados entre as duas nações, os Estados Unidos do Brasil pagarão uma indenização de dois milhões de libras esterlinas, que a República da Bolívia aceita com o propósito de aplicar principalmente na construção de caminhos de ferro ou em outras obras tendentes a melhorar as comunicações e desenvolver o comércio entre os dois países. O pagamento será feito em duas parcelas de um milhão de libras cada uma; a primeira dentro de um prazo de três meses, contados a partir da aprovação do presente tratado e a segunda em 31 de março de 1905.<br /> No ano de 1907, o proprietário da empresa Madeira and Mamoré Railway Company, Percival Farqhuar, obteve a concessão do governo brasileiro, reiniciou a construção da ferrovia e até 1912 contratou mais de 21.000 trabalhadores. A grande maioria dos trabalhadores estrangeiros era formada por chineses, espanhois, <br />gregos, poloneses, colombianos, indianos, italianos, dinamarqueses, húngaros, barbadianos, entre outros. Estes homens vieram dos mais diferentes lugares do mundo trabalhar na estruturação dessa lendária ferrovia.<br /> Comunicando o Brasil à fronteira com a Bolívia, isto é, Porto Velho com Guajará-mirim, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi concluída pela empresa norte-americana May, Jekyll & Randolf (controlada pela Madeira-Mamoré Railway Company), no ano de 1912. Este empreendimento gerou vários núcleos de povoamento ao longo da sua extensão, tendo em vista o ápice da produção da borracha nos seringais existentes em diversas localidades que despontaram (Porto Velho, Jaci-Paraná, Mutum-Paraná, Abunã e Guajará-Mirim). <br /> Durante o período de construção da EFMM, centenas de trabalhadores faleceram prematura ou violentamente, acometidos por doenças tropicais como a malária ou impaludismo e até atacados por índios e animais selvagens. A propósito das adversidades impostas pela natureza e das difíceis condições de trabalho, de acordo com HUGO (1995:32), em julho de 1878 o jornal norte americano The New York Times publicou os trechos seguintes:<br /><br />From the Philadelphia Press, July 29. <br /> <br />(...) Mr. Albert T. Mills, who sailed several months ago for the scene of operations, returned on Friday evening on board the schooner Jacob E. Ridgway. <br />(...) in his judgment the work of building the road was started in too much of a hurry, for upon the arrival of the vessels at Brazil it was discovered that no preparations had been made to receive anybody. No arrangements had been made for the transportation of provisions, and nothing done for the payment of the men.<br />The railroad is being built in sections under sub-contractors, who have found it a losing undertaking. The sections were divided into 100 feet. Sometimes the work required cutting from 25 to 50 feet, and (...) the hard sand was difficult to cut. There was also considerable expense in working the sections, on account of the difficulty of supplying provisions. (...) that the week before Mr. Mills left the work, only about three miles of the main line had been completed (...)<br />In reference to the discomforts of the men, Mr. Mills said that, on their arrival, they had no place to sleep (...)<br />While the thermometer did not reach more than 125° in the sun, yet the heat was very dry and oppressive, and the men, who were attacked by the breakbone fever (...)<br />In a letter from one of the men, the writer, in concluding, says: We are away from San Antonio, in a wild country. Tigers prowl around our camp every night. We have neither sides nor ends to our shanties. This is the dry season, and we have no rain, but at night, or early in the morning, the dew falls so heavy that one would think it was raining." <br /><br />Da Imprensa de Filadélfia, 29 de julho.<br /><br />(...) Sr. Albert T. Mills, que navegou para a cena de operações vários meses atrás, retornado na sexta-feira pela noite a bordo da escuna Jacob E. Ridgway. <br />(...) na opinião dele o trabalho de construir a estrada foi iniciado com muita pressa, porque na chegada dos recipientes no Brasil foi descoberto que nenhuma preparação tinha sido<br />feita para receber qualquer pessoa. Nenhum arranjo tinha sido constituído para o transporte de providências, e nada feito para o pagamento dos homens.<br />A via férrea está sendo construída em seções debaixo de substituto-contratantes que acharam isto um empreendimento perdedor. As seções foram divididas em 100 pés. Às vezes o trabalho requereu cortar de 25 a 50 pés, e (..) a areia dura era difícil cortar. Lá houve despesa considerável com funcionamento das seções, por causa da dificuldade de providências abastecedoras. Naquela semana antes de Sr. Mills deixar o trabalho, tinham sido completadas só aproximadamente três milhas da linha principal (...)<br />Em referência aos desconfortos dos homens, disse Sr. Mills que na chegada deles não tiveram nenhum lugar para dormir (...)<br />Enquanto o termômetro não alcançou mais que 125° ao sol, contudo o calor era muito improdutivo e opressivo, e os homens que foram atacados pela febre de quebrar osso (...) <br />Em uma carta de um dos homens, diz o escritor, concluindo: " Nós estamos longe de Santo Antônio, em um país selvagem. Onças rondam nosso acampamento ao redor todas as noites. Nós não temos nem lados nem fins para nossas choupanas. Esta é a estação seca, e nós não temos nenhuma chuva, mas à noite, ou de manhã cedo, o orvalho cai tão pesado que alguém pensaria que estava chovendo.<br /><br /><br /> A deterioração econômica da Madeira-Mamoré Railway foi agravada pela crise decorrente da concorrência comercial da borracha com a Ásia, devido a Primeira Guerra Mundial e, depois, pela crise do ano de 1929. Dessa forma, quando esta via ferroviária foi concluída e começou a operar já não mais possuía a mesma importância daquele momento em que foi projetada.<br /> Na primeira metade da década de 1930, o governo federal rescindiu o contrato de arrendamento da Estrada de Ferro, assumindo o seu controle. O declínio da estrada de Ferro Madeira-Mamoré ocorreu nas décadas de 1950 e 1960, visto que o país passava por um intenso processo desenvolvimentista e de integração econômica e territorial, através da abertura de rodovias e da implementação do transporte rodoviário. Nesse sentido, no dia 25 de maio de 1966, a responsabilidade da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foi transferida para a Diretoria de Vias e Transporte do Ministério da Guerra através do decreto presidencial nº 58.501, cabendo ao Quinto Batalhão de Engenharia e Construção (5º BEC) a tarefa de desativar esta via férrea. <br /> Daí em diante, todo o complexo desta ferrovia, de Porto Velho até Guajará-Mirim, foi esquecido, depredado por vândalos e corroído pelas intempéries do tempo, sendo que até os dias atuais a sua recuperação tem sido uma ficção, melhor dizendo, uma verdadeira "novela". <br /><br />5.3. CRESCIMENTO URBANO: MOMENTO HODIERNO <br /> O crescimento urbano atual da cidade de Porto Velho está intrinsecamente ligado ao fenômeno da urbanização, ou seja, a explosão das obras da construção civil particulares e governamentais impulsionadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal. <br /> Neste cenário, podemos afirmar que Porto Velho passar pelo quarto ciclo econômico. Este ciclo é decorrente da inserção de vultuosos investimentos financeiros para custear grandes obras estruturantes, como as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio à jusante do rio Madeira, no município de Porto Velho, e também centenas de construções privadas (condomínios residenciais, prédios, dois Shopping Centers, entre outras) e públicas (duplicação da Br-364 do município de Candeias do Jamary até o Campus da UNIR em Porto Velho; construção da esplanada das Secretarias do Estado de Rondônia, etc.). Como se pode observar, este novo ciclo econômico tem como fulcro o setor terciário da economia, através do aquecimento da construção civil mais notadamente a partir do ano de 2007. <br /> O “boom” da construção civil na cidade trouxe como corolário novas empresas que aqui se instalaram como a Makro (rede atacadista), a Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Furnas (grandes empresas especializadas na construção de hidrelétricas), a Votorantin e outras grandes lojas instaladas no Porto Velho Shopping (C&A, Americanas, Renner, etc.). <br /> Através da parceria estabelecida pela Prefeitura e empresas privadas, diretamente vinculadas aos projetos de construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, são oferecidos cursos gratuitos de capacitação de mão-de-bra à população com vistas à especialização de operários para trabalharem na construção das duas hidrelétricas do rio Madeira, no município de Porto Velho, obras estas já iniciadas. <br /> Vale salientar que a construção dessas hidrelétricas no rio Madeira, são de fundamental importância para suprir as necessidades energéticas do Centro-Sul, sem as quais o Brasil passaria por uma crise (apagões, etc.), sendo portanto um projeto estratégico sem dúvida alguma. Além disso, a instalação de ambas usinas em Porto Velho vai gerar recursos econômicos ao município, isto é, a Prefeitura vai recolher mensalmente uma certa quantia (royalties) que poderá ser transformada em investimentos sociais. <br /> Como podemos observar, este novo ciclo econômico é norteado por projetos desenvolvimentistas do Governo Federal, assim como ocorreu no passado com a implantação de grandes projetos como o Polonoroeste, os assentamentos de trabalhadores rurais do INCRA, a abertura da BR-364, entre outros. Não obstante o crescimento imposto pelo conjunto dessas obras, o que se espera é o desenvolvimento não só econômico, mas sobretudo social porque a população não pode ficar à margem dos projetos de desenvolvimento regionais como ocorreu no passado. <br /> Os grandes projetos voltados para o desenvolvimento econômico verificados em Porto Velho atualmente, apontam para um cenário de passivos socioambientais, com impactos previstos ainda para o final da década de 2000 e, sobretudo, para a segunda década do século XXI. Assim, o primeiro impacto dar-se-á no contexto social, através do crescimento da população residente na capital em decorrência da migração de uma massa populacional em busca de emprego nas empresas responsáveis pela construção das duas usinas hidrelétricas – de Jirau e Santo Antônio. O segundo impacto implicará na demanda por equipamentos urbanos (hospitais, escolas, etc.), saneamento básico, como efeito do adensamento populacional. O terceiro impacto ocorrerá sobre o meio natural, visto que as usinas hidrelétricas do rio Madeira afetarão a fauna ictiológica (peixes), bem como a população ribeirinha residente em Santo Antônio e parte da população de Jacy-Paraná. <br /> Porquanto, por ilação pode-se afirmar que todos os efeitos ambientais (maléficos e benéficos) são decorrentes do antropismo estabelecido pelas grandes obras aqui implementadas, e também, pelo inchaço demográfico. Não obstante, os impactos negativos e positivos são condicionantes do próprio desenvolvimento tão propalado e esperado no limiar deste século. <br /> O grande crescimento urbano desordenado da cidade de Porto Velho, nos últimos trinta anos, acompanhado do adensamento populacional, propiciado pelas correntes migratórias que se fixaram em áreas periféricas da sede municipal, e também, pelo crescimento vegetativo da população, têm apresentado uma série de transtornos ao meio ambiente urbano, dentre os quais podemos citar: <br />• a expansão desordenada da malha ou rede urbana – devido ao vertiginoso crescimento populacional ocorrido a partir da década de 1970, tendo declinado nos anos 90 e retomado nos dias atuais em função das construções das hidrelétricas do Rio Madeira. Vale salientar que atualmente a malha urbana é composta, basicamente, por construções horizontais (residências, órgãos públicos e privados, comércios, etc.). Restritamente, apresentam-se várias construções verticais (condomínios, prédios comerciais, etc.) no bairro centro, na sua hinterlândia (nos bairros Olaria e Pedrinhas) e em áreas periféricas. Há necessidade de maior planejamento por parte dos poderes públicos, visto que maiores demandas urbanas (habitação, educação, segurança, saneamento básico, acréscimo populacional) surgirão com o advento das<br /> obras estruturantes (usinas do rio Madeira, gasoduto, escola técnica federal, etc.). Já foi construído o Porto Velho Shopping, localizado na confluência da Avenida Rio Madeira com a Avenida Calama e outro Shopping Center, o Madeira-Mamoré, está em fase de construção neste ano de 2009. Não obstante, ainda é possível denotar a carência de planejamento urbano, o qual permite o crescimento desorganizado da malha urbana. Com o advento de um novo ciclo migratório, conseqüência do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), então haverá alteração na estrutura física ou territorial da cidade. <br /> <br />• a infra-estrutura – o fornecimento de energia elétrica, a rede de distribuição de água, as vias de circulação e acesso para o transporte de pessoas, saneamento básico (abastecimento de água, rede de esgotos, coleta e tratamento de lixo), os sistemas de drenagens e escoamentos de águas pluviais; constituem elementos básicos para a boa qualidade de vida humana. Apesar dos trabalhos realizados pela atual gestão municipal, a cidade de Porto Velho ainda carece de maiores investimentos nesses componentes da infra-estrutura, sobretudo nas áreas periféricas. <br />• as invasões – as habitações construídas precariamente, em lugares indesejados (sem arruamentos, infra-estrutura, saneamento básico, áreas sujeitas a inundações), formam o que se convencionou chamar, no Brasil, de favelas. Nesse sentido, segundo MOREIRA (1998:420):<br />O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera favelas os aglomerados que reúnem pelo menos cinqüenta moradias, precariamente construídas, carentes de infra-estrutura urbana e localizadas em terrenos que não pertencem aos seus moradores.<br /> Dessa forma, a favela é um tipo de assentamento ou fixação de famílias pobres em determinadas áreas periféricas da cidade, espontaneamente, apresentando moradias improvisadas geralmente em locais de invasão conforme as suas parcas condições socioeconômicas. Tomando por base os conceitos acima, podemos constatar locais com características de favelas, em Porto Velho, tais como: no bairro Baixa União, por trás do Camelódromo, numa área periférica que alaga todos os anos, em função do elevado índice pluviométrico e da enchente do rio Madeira. A paisagem contrasta com a imponência do prédio do Tribunal Regional Eleitoral, na rua Rogério Weber; na área circundada pelos bairros São Sebastião I, São Sebastião II, Nacional, Milagres e Balsa, que também alaga anualmente; no assentamento próximo ao bairro Mato Grosso e a BR-364; em determinados pontos dos bairros Marcos Freire, Pantanal, Ulisses Guimarães, União da Vitória, Mariana, Cidade Nova, São Francisco, Esperança da Comunidade, Lagoinha, dentre outros. Muitos desses locais constituem ambientes muito insalubres às pessoas que neles habitam. As péssimas condições de moradia em que vivem muitas pessoas, retratam não só um desequilíbrio ambiental, mas também um grande nível de desigualdade socioeconômica que repercute no espaço urbano, constituindo uma paisagem favelística. Nesse contexto, o espaço urbano é pura expressão da sociedade que nele habita, sendo que "o espaço expressa aquilo que a sociedade é. Se a sociedade não é econômica e socialmente igual, o espaço também poderá não ser. As pessoas, no espaço urbano, ocupam lugares de acordo com a sua posição econômica e social na sociedade" (segundo MONTEIRO, 1997:113).<br />• desemprego - de modo geral, o desemprego pode ser descrito como uma situação de ócio involuntário. Não obstante, constitui-se mesmo numa situação em que determinada pessoa não encontra emprego no mercado de trabalho. Atualmente, o desemprego atinge e atormenta a população da cidade de Porto Velho, bem como a dos demais municípios que compõem o Estado e, no âmbito nacional, todos os estados brasileiros. O desemprego em Porto Velho está alicerçado no aspecto estrutural da economia local, na incapacidade dos setores produtivos em gerar empregos para a massa populacional desempregada, devido aos seguintes fatores como: a ausência de setor industrial forte (o que, na verdade, pode incrementar positivamente a economia do município); a debilidade da agricultura, no que concerne a produção, escoamento e comercialização de produtos agrícolas, agravada pela carência de assistência financeira; deficiência de assistência técnica rural junto aos pequenos agricultores e aqueles que praticam a agricultura familiar; péssimas condições de trafegabilidade de automóveis nas estradas vicinais; ausência de solos férteis; etc.; a saturação da oferta de postos de trabalhos pelo setor de comércio e serviços, em face à situação econômica do país. Mesmo assim, o setor terciário é responsável pela geração de muitos empregos. O subemprego é uma alternativa para o desemprego em Porto Velho, principalmente através do comércio ambulante, classificado em geral de atividade informal, no sentido de ilegal (não pagar impostos, não estar de acordo com a legislação trabalhista vigente). <br /><br />• violência – a violência é crescente no município de Porto Velho, fazendo com que o município figure entre os cinco mais violentos de todo o país, segundo estatísticas de crimes violentos (homicídios, roubos, furtos, estupros, latrocínios, etc.), divulgadas pela SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública), nos últimos anos. A cidade de Porto Velho foi incluída no ranking das cidades mais violentas do país (levando em conta a taxa de 100 mil habitantes), de acordo com os dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), divulgados em junho de 2003, considerando os ilícitos seguintes: 2ª lugar em homicídios dolosos (52,3); 1º lugar em mortes violentas (98,6); 1º lugar em estupro (15,8); 2º lugar em roubo (1.478,2); 4º lugar em morte no trânsito (12,1); 1º lugar em roubo seguido de morte (1,7); e 5º lugar em roubo de veículo (9,7). As rebeliões ocorridas no presídio Urso Branco entre 2000 e 2004, onde presos foram decapitados, contribuiu para que Porto Velho fosse classificada dessa maneira.<br />A explosão demográfica e o crescimento em demasia das áreas periféricas, os investimentos precários nos organismos de segurança pública, a degradação da instituição familiar, o desemprego, o alijamento do processo de educação de muitas crianças pobres, a falta de controle de natalidade, enfim, são diversos aspectos que constituem verdadeiros vetores da proliferação da violência banal e do aumento da criminalidade.<br />Os maiores índices criminais ocorrem nos bairros periféricos. São crimes tais como: homicídios (geralmente, em festas e bebedeiras, em roubos ou assaltos e em acertos de contas entre marginais); furtos em residências e estabelecimentos comerciais(mercearias, mini-mercados); violência doméstica (estupros; atentado violento ao pudor; brigas entre marido e mulher; maus tratos e espancamentos contra crianças e adolescentes, resultando algumas vezes em mortes e, geralmente, em lesões corporais); tráfico de drogas (agravado pela existência das famigeradas "bocas de fumo", ou seja, antros que os traficantes utilizam para o comércio ilícito de drogas, e dos chamados "aviões" vendedores de drogas, pasta base de cocaína, maconha, que comercializam ou entregam em motocicletas, bicicletas e mesmo a pé); lesões corporais resultantes de brigas; entre outros. A zona leste de Porto Velho, lidera estatísticas em termos de crimes violentos, seguida pela zona sul, devido o grande número de bairros que as mesmas abrangem e a grande densidade populacional existente nessas áreas periféricas. Na área central da cidade, os crimes mais comuns são os roubos ou assaltos aos bancos, às casas lotéricas, aos estabelecimentos comerciais de modo geral.<br /> A violência no trânsito causa mortes e ferimentos às centenas de pessoas que se locomovem pelas ruas e avenidas da cidade. Os motivos são variados: bebedeiras nos finais de semana; negligência, imperícia e a imprudência dos usuários das vias públicas; carência de sinalização; crescente frota de bicicletas (mais de 150.000, devido o preço elevado do transporte coletivo e o predomínio de relevo plano). Outro dado importante sobre violência urbana é verificado nas escolas. Impressionante, mas nem as escolas (ambientes em que as pessoas deveriam buscar educação, no sentido mais amplo) escapam. <br /> O conjunto de problemas urbanos apresentados pode ser solucionado por intermédio das ações integradas dos governos municipal e estadual, através de órgãos competentes (Secretarias de Planejamento, Saúde, Obras e Serviços Públicos, Segurança Pública, entre outras) e dos setores da sociedade organizada. A intervenção governamental, no sentido de mitigar os problemas sociais e ambientais, verificados no geossistema urbano, necessita ser implantada com base nos planejamentos urbano e urbanístico, os quais consistem em planos desenvolvidos a partir da realidade e dos problemas locais existentes, com o objetivo de promover mudanças favoráveis à boa qualidade de vida e ao desenvolvimento socioeconômico dos citadinos. <br /> Por outro lado, a população também pode contribuir preventivamente, visando melhorar o habitat urbano. Nesse sentido, cada cidadão precisa estar consciente da existência da problemática socioeconômica e ambiental que o cerca, e saber como buscar soluções para aliviá-la. O meio ambiente não se refere apenas às florestas, rios, relevos, animais, existentes em uma região, enfim, a um ecossistema ecologicamente falando. Mas, refere-se também à casa onde moramos, ao local onde trabalhamos, à cidade onde vivemos. Assim, cada pessoa deve colaborar para a manutenção do ambiente urbano livre de todo e qualquer tipo de poluição. Assim, este conjunto de ações por parte da população, amenizaria a ausência de saneamento básico. Contudo, é preciso refletirmos sobre o grau de subdesenvolvimento no qual está submetida grande parcela da população e o trabalho que o poder público desenvolve, pois a carência das condições higiênicas e sanitárias do meio urbano somente será superada através de ações efetivas.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-78539245245301533412010-02-17T04:36:00.000-08:002010-02-17T11:50:51.010-08:00COMPÊNDIO GEOGRÁFICO DE PORTO VELHOParte IV - ORGANIZAÇÃO POLÍTICOADMINISTRATIVA<br /><br />4.1. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E GEOGRÁFICA<br /><br /> A organização territorial e político-administrativa de Porto Velho e, consequentemente, do estado de Rondônia foi delineada de acordo com as fases de ocupação, com o domínio da região, e também, em conformidade com a própria organização político-administrativa do Brasil. <br /> Na primeira divisão do país em capitanias hereditárias no ano de 1534, obviamente, o território correspondente ao atual município ficou inteiramente fora do âmbito da colônia, pois estas terras ainda não estavam sob a influência portuguesa. Em meados do século XVIII, o espaço territorial brasileiro já estava totalmente diferente, devido a conquista de grandes extensões de terras situadas a oeste do litoral. O espaço territorial porto-velhense pertencia à Capitania de São José do Rio Negro (extremo norte que abrangia a área que compreende Porto Velho), sendo que o restante do atual território estadual ficava subordinado à Capitania Geral do Mato Grosso.<br /> A partir da metade do século XIX, o Brasil passa a ter uma organização política, jurídica e administrativa própria, pois declarou a sua independência de Portugal, no dia 7 de setembro de 1822, através do então príncipe D. Pedro, que posteriormente tornou-se o primeiro imperador do Brasil. A partir daquele momento, o espaço porto-velhense ficou subordinado a Província do Grão-Pará. No dia 15 de novembro de 1889, ocorreu a proclamação da República, sendo que D. Pedro II foi destituído e o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu a função de primeiro Presidente do país. <br /> O fato é que, desde o final do período imperial, o governo brasileiro da época já tinha preocupações geopolíticas com a região do atual município de Porto Velho, pois o local do início da construção da EFMM já havia sido utilizado por militares brasileiros durante a guerra com o Paraguai. O próprio imperador D. Pedro II, já havia pensado sobre a possibilidade de ocupação humana desta área, primeiro com a abertura dos rios Madeira e Mamoré à navegação estrangeira, com a Bolívia, e depois com a possível construção de uma estrada de ferro para transportar a borracha boliviana. <br /> Em 1914 Porto Velho desmembrou-se do município amazonense de Humaitá, mas continuou a fazer parte do Estado do Amazonas. No dia 2 de outubro de 1914, a então vila de Porto Velho foi elevada à categoria de município, por intermédio da aprovação da Lei Nº 757 pelo governador do Estado do Amazonas, Jonathas de Freitas Pedrosa. E no dia 24 de janeiro de 1915 foi realizada a instalação do município de Porto Velho. <br /> O município de Porto Velho somente foi promovido à classe de cidade no dia 07 de setembro de 1919, através da Lei Nº 1.011, sancionada pelo governador do Estado do Amazonas. Nesta época, o município estava mais urbanizado, possuindo novos equipamentos urbanos, tais como: clube esportivo, jornal, telefonia, escola pública, igrejas, comarca, cemitério dos Inocentes, Hospital da Candelária, cartório cível, etc.<br /> Até a primeira metade da década de 1940, Porto Velho ficou sob a jurisdição do Estado do Amazonas. Com a primeira regionalização oficial do Brasil, realizada em 1943 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, bem como, o projeto de desenvolvimento do governo Getúlio Vargas (Estado Novo), novos planos foram traçados para a região. <br /> Nesse contexto, dando seguimento ao conjunto de metas estabelecidas para tornar viável a "Marcha para Oeste", o então Presidente baixou o Decreto n° 5.812 de 13 de setembro de 1943, criando novos Território Federais. E na justificativa do seu ato político, declarou o seguinte:<br /><br />Não nos impele outro imperialismo que não seja o de crescermos dentro dos nossos limites territoriais para fazer coincidir as fronteiras econômicas com as fronteiras políticas. O escasso povoamento de algumas regiões fronteiriças representa, de longo tempo, motivo de preocupação para os brasileiros. Dai a idéia de transformá-las em Territórios Nacionais, sob a administração direta do Governo Federal. O programa de organização de desenvolvimento desses territórios resume-se em poucas palavras: sanear, educar, povoar. Eis a finalidade da criação dos Territórios Nacionais."<br /><br /> No dia 13 de setembro de 1943 Porto Velho passou a ser a capital do Território Federal do Guaporé, criado através do Decreto Lei n° 5.812. Este novo território foi constituído por áreas desmembradas dos Estados do Amazonas e Mato Grosso. Em 17 de fevereiro de 1956 Porto Velho ocupa sucessivamente a condição de capital do Território Federal de Rondônia, criado pela Lei n° 2.731. <br /> Finalmente, no dia 22 de dezembro de 1981 foi criado o Estado de Rondônia, por intermédio da Lei Complementar n° 41 e, portanto, Porto Velho passou à condição de capital político-administrativa do Estado. Na época, Rondônia já possuía várias cidades e vilarejos, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Muitas dessas cidades, foram originadas dos Projetos de colonização dirigidos pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), principalmente, a partir da década de 1970. No dia 10 de abril de 1979 chegara à cidade de Porto Velho o Coronel Jorge Teixeira de Oliveira, o então futuro primeiro governador do novo Estado. Sua missão consistia em preparar a transição do estágio de Território Federal para Estado, sendo que o governador antecessor, Humberto Guedes, já tomara algumas medidas nesse sentido. Com bom senso administrativo, vontade política e apoio do governo federal, o Teixeirão como era popularmente conhecido, criou a infra-estrutura necessária para que a cidade de Porto Velho crescesse e se desenvolvesse no âmbito regional. <br /> Atualmente, o município de Porto Velho possui distritos localizados ao longo da BR-364 sentido Acre (região denominada Ponta do Abunã) e outros distritos localizados a jusante do rio Madeira, ou seja, nas suas margens sentido oposto ao da nascente. Desta forma, podemos assim regionalizar os distritos de Porto Velho, considerando estes aspectos físicos acima mencionados, a saber:<br />1) distritos do eixo da Br-364: Jacy-Paraná, União Bandeirantes, Mutum-Paraná, Abunã, Fortaleza do Abunã, Vista Alegre do Abunã, Extrema e Nova Califórnia.<br />2) distritos do baixo madeira: Cujubim Grande, Terra Caída, São Carlos, Calama, Conceição do Galera, Demarcação, etc.<br /> Por fim, vale destacar que no dia 28 de fevereiro de 2010 será decidida através de Plebiscito a criação do 53º município do Estado de Rondônia, Extrema de Rondônia, com o desmembramento dos distritos de Fortaleza do Abunã, Nova Califórnia, Vista Alegre do Abunã e Extrema do município de Porto Velho.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-53153863459372697822010-02-16T05:52:00.000-08:002010-02-16T05:54:03.601-08:00COMPÊNDIO GEOGRÁFICO DE PORTO VLEHOParte III - ASPECTOS GEOECONÔMICOS<br /><br />3.1. O CILCO DA BORRACHA <br /> Considerando que o espaço porto-velhense foi caracterizado como sendo um ponto isolado no contexto da economia brasileira (principalmente nas seis primeiras décadas do século XX), visto que a geoeconomia municipal baseava-se preponderantemente na produção da borracha; podemos afirmar que a formação econômica do atual município de Porto Velho também foi constituída por fenômenos periódicos (ciclos econômicos). <br /> Com a consolidação territorial obtida após quatro séculos de resistência contra as invasões estrangeiras, a Amazônia constituía-se numa região ainda isolada, tanto do ponto de vista territorial quanto do ponto de vista econômico, pois sua economia restringia-se a produção primária (borracha e especiarias da região).<br /> O desenvolvimento tecnocientífico e industrial nos países europeus, bem como, a descoberta das etapas da vulcanização: processo que permitia impermeabilidade, elasticidade e deixava a borracha resistente às mudanças de temperatura, pelo norte-americano Charles Goodyear, transformou a borracha em um produto supervalorizado nas mais diversas regiões do mundo. <br /> A partir da segunda metade do século XIX até as duas primeiras décadas do século XX, a produção da borracha nos mais diferentes e longínquos rincões amazônicos ganhou importância, aquecendo a economia regional e brasileira devido as exportações desta matéria-prima. O sistema denominado aviamento, onde as casas aviadoras localizadas nas cidades de Belém, Manaus, Porto Velho e Rio Branco, abasteciam os barracões situados nos seringais com todos os tipos de mercadorias necessárias, as quais eram compradas pelos seringueiros para suprir as necessidades básicas deles e de seus familiares. <br /> Neste primeiro ciclo da borracha, ocorreu uma maciça migração de trabalhadores nordestinos para as selvas amazônicas, forçados pela catástrofe natural (seca) que afetava a região do semi-árido nordestino, também conhecida como polígono das secas, entre os anos de 1877 e 1880. Desta forma, os migrantes eram, em em sua absoluta maioria, procedentes de estados nordestinos, dentre os quais o Ceará principalmente. Há evidências de que vieram milhares de migrantes trabalhar nos seringais existentes nos atuais Belém (PA), Manaus (AM), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO).<br /> A construção de uma ferrovia brasileira para transportar a borracha boliviana, e também, a livre circulação de navios nacionais e bolivianos nos rios amazônicos Madeira, Mamoré e Guaporé, foram realizações da maior relevância para dotar esta região da logística necessária para a produção e comercialização da borracha aqui gerada.<br /> Desta forma, o primeiro ciclo da borracha durou quase meio século, sendo encerrado em virtude de fatores externos: concorrência desleal estabelecida por alguns países asiáticos, baixando o preço da borracha no mercado mundial; Primeira Guerra Mundial e crise econômica de 1929. A partir daí, toda a região passa por um processo de completa imobilização da economia. As conseqüências positivas para Rondônia, deixadas pelo primeiro ciclo da borracha foram: a tão suada construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o surgimento e a consolidação das cidades de Porto Velho, Guajará-Mirim e alguns vilarejos derivados dos povoados e seringais existentes ao longo desta ferrovia, tais como: Jacy-Paraná, Mutum-Paraná, Abunã. <br /> O segundo ciclo de exploração da borracha está intrinsecamente ligado a Segunda Guerra Mundial (1937-1945). Ocorre que os japoneses haviam dominado todos os locais de produção da borracha asiáticas (na Malásia, etc.), fato este que deixava em desvantagem as forças armadas dos países aliados. <br /> Foi exatamente neste período que os seringais amazônicos foram reativados, através da ação direta do governo federal, pois o Brasil estava aliado aos norte-americanos naquele momento. O presidente Getúlio Vargas determinou o alistamento de grandes contingentes de homens no nordeste brasileiro durante esta guerra, na qual o Brasil teve uma destacada participação. Os jovens recrutados no Nordeste vinham para os seringais da Amazônia, inclusive alguns nas adjacências de Porto Velho, participando desta forma da "batalha ideológica da borracha". Eles eram convencidos de que, extraindo o látex, estariam ajudando os norte-americanos e os aliados de um modo geral no combate aos inimigos, daí a expressão "soldados da borracha".<br /> A reativação dos seringais despertou na exploradora elite empresarial da borracha e nas oligarquias locais a falsa sensação desenvolvimento da região. Não obstante, tratava-se apenas de uma situação efêmera, pois ao término da guerra, os países aliados estavam preocupados com suas reconstruções, declinando o comércio da borracha no mercado mundial e, consequentemente, a sua produção. Mais uma vez, a geoeconomia local e regional hiberna em um período de estagnação, o qual afetara indiretamente a produção, o transporte pela estrada de ferro Madeira-Mamoré e a comercialização da borracha produzida.<br /><br />3.2. O CICLO DA MINERAÇÃO <br /> A exploração de cassiterita remonta o final dos anos 50 do século XX, representando uma válvula de escape para garimpeiros que migraram para trabalhar nos garimpos de cassiterita, localizados nas cercanias de Porto Velho. Muitos garimpos foram abertos em lugarejos pertencentes a Porto Velho, como Ariquemes e Massangana, por exemplo. Essa corrida, despertou o interesse de empresas particulares (Minerações Jacundá, Oriente Novo, Brumadinho, etc.), que passaram a fazer pesquisas em minas e/ou <br />jazidas com vistas a extração regular do estanho. Atualmente, a produção de cassiterita no município de Porto Velho é baixíssima. <br /> O "boom" da extração de ouro no município de Porto Velho, ocorreu mais recentemente. Em maior parte, se deu no rio Madeira e alguns afluentes, como os rios Abunã e Jacy-Paraná. O apogeu ou ponto mais alto do garimpo de ouro, aconteceu na década de 1980. No ano de 1987 existiam aproximadamente 600 dragas e 450 balsas retirando o precioso metal dos citados rios. Assim o ouro era retirado através da utilização de máquinas denominadas dragas, instaladas em balsas flutuantes, do trabalho essencial e arriscado dos mergulhadores que eram responsáveis pela operação da "maraca" e do terminal do mangote de sucção, conduzindo-a em profundidades de cerca de 15 metros para encontrar os veios do fino ouro, depositados nos sedimentos do fundo do rios. <br /> Assim, houve uma grande corrida de garimpeiros aos garimpos de ouro existentes em diferentes locais do município de Porto Velho. Durante a década de 1980, o ouro foi importante moeda da economia urbana porto-velhense, movimentando o comércio de uma forma geral e irrestrita. Entretanto, esta febre do ouro cessou no início da década de 1990, causada por conflitos ambientais, sociais, políticos, jurídicos e pela ausência de uma política de exploração mineral eficiente, o que resultou no fechamento de vários garimpos.<br /><br />3.3. O CICLO DA AGRICULTURA<br /> O ciclo da agricultura no município de Porto Velho iniciou-se com o projeto desenvolvimentista planejado e executado a partir do Palácio do Planalto, abrangendo estados como Mato Grosso e Rondônia, eixo de desenvolvimento naquele momento. <br /> No governo do Presidente Juscelino Kubstchek os programas de desenvolvimento e interiorização ganharam maior relevância, visto que a integração regional foi significativamente estimulada. <br /> Posteriormente, na vigência do regime militar a estratagema ocupacional das cidades fronteiriças, como Porto Velho e, em maior escala, das fronteiras amazônicas foi bastante impulsionada. Neste contexto, Porto Velho recebeu grande fluxo migratório procedente de variados estados do Brasil, composto preponderantemente por funcionários públicos que vieram trabalhar em órgãos como o Incra, bem como, pessoas que foram contratadas por diversos organismos das esferas municipal, estadual e federal. <br /> Obviamente, outra parcela da população migrante (colonos), com domínio principal, colonizou as terras ociosas doadas pelo Governo Federal através do INCRA para fins de assentamento. Além dessa problemática, surgiam violentos conflitos rurais pela posse da terra, nas regiões Nordeste e Centro-Sul do Brasil, envolvendo pequenos agricultores e as oligarquias nestas regiões. <br /> Diante deste cenário, efetivamente a estratégia encontrada pelo governo federal para a ocupação dos espaços fronteiriços amazônicos (regiões de fronteiras geopolíticas/agrícolas) e também para a contenção da violência agrária, foi a alocação da massa populacional migrante nos projetos de colonização. O governo realizou grandes ações que transformaram-se em importantes fatores para a integração da região ao restante do país, através da abertura de eixos rodoviários tais como: rodovias Cuiabá - Porto Velho (BR-364); Belém - Brasília (BR-010); Transamazônica (BR-230), a Porto Velho - Manaus (BR-319); bem como a ampliação da infra-estrutura de comunicações e de energia, posteriormente. <br /> Durante a década de 1970 e, principalmente, na primeira metade dos anos 80, o município de Porto Velho recebeu grandes estímulos do POLONOROESTE para asfaltar a BR-364 e para iniciar vários projetos de colonização através do INCRA, ao longo dessa rodovia. Toda esta logística criada possibilitou a atração de um exército de migrantes que foram atraídos para Porto Velho. Este fenômeno explica o crescimento periférico desordenado da cidade e, consequentemente, o surgimento de muitos bairros através de invasões de terras públicas e particulares. <br /> A grande demanda de terras agricultáveis foi superior a capacidade de assentamento das famílias de agricultores oferecida pelo INCRA. A incapacidade de atender ao fluxo incessante de famílias que solicitavam terras, resultou na intensificação da ocupação de locais indesejáveis, ou seja, as invasões e na eclosão de conflitos pela posse da terra, envolvendo diferentes atores sociais,<br /> Isto é, pequenos agricultores; madeireiros; grandes fazendeiros; garimpeiros e índios que têm suas terras invadidas até hoje. Como exemplo mais recente podemos citar a ocupação da área territorial nas proximidades de Jaci-Paraná, através da invasão de madeireiros e posseiros, formando um aglomerado desestruturado do ponto de vista urbano, chamado União Bandeirantes, o mais novo distrito de Porto velho. E no outro extremo do município (margem esquerda do rio Madeira), o projeto Joana D’arc e a proliferação de fazendas ao longo da BR-319.<br /> Apesar do passivo sócio-ambiental decorrente ação antrópica, ou seja, da grande escalada de degradação do meio ambiente deixada pela ação dos colonos e outros agentes (grandes áreas de desmatamentos, queimadas, poluição das águas dos rios por mercúrio, etc.); podemos afirmar que houve também um impacto positivo, relacionado ao crescimento e desenvolvimento do setor primário da economia, especialmente, no tocante as práticas agrícolas e pecuárias, inserindo Porto Velho em um lugar de destaque na economia estadual e regional. <br /><br />3.4. TRAÇOS DA ECONOMIA URBANA ATUAL<br /> A economia porto-velhense está fortemente alicerçada nos setores primário, seguida pelos setores secundário e terciário da economia. No setor primário, destaca-se a produção agropecuária, amplamente influenciada pelo avanço da criação bovina que coloca o rebanho do município entre os três maiores de Rondônia. A agricultura local é bastante diversificada, voltada para a produção de lavouras tropicais. Ainda no contexto da economia primária, o extrativismo vegetal e a silvicultura compõem a base econômica local. Apesar da razoável produção, este setor pode ser mais estimulado através de políticas públicas adequadas, gerando com isso maiores oportunidades de renda à população e atingindo o equilíbrio ecológico.<br /> As agroindústrias são importantes estabelecimentos industriais voltados para o processamento dos produtos agrícolas, extrativistas e pecuários. Porto Velho está entre os municípios que concentram os maiores rebanhos bovinos. Assim, existem algumas agroindústrias de utilização e transformação dos produtos e sub-produtos bovinos. <br /> O comércio porto-velhense é constituído por uma diversidade de empresas, predominando os comércios do ramo atacadista. O comércio local absorve uma considerável quantidade de trabalhadores, gerando atividades econômicas urbanas diretas e indiretas. Hoje não sobrevive em torno dos salários dos funcionários públicos, mas em função do capital gerado pelas atividades do setor secundário - indústrias de transformação, construção civil, transporte, telecomunicações, etc.; devido o aquecimento econômico proporcionado pelas construções das duas mega usinas hidrelétricas (Santo Antônio e Jirau), da instalação de novas empresas e indústrias, bem como, da explosão de obras e construções públicas e particulares na cidade; o que caracteriza o quarto ciclo econômico em Porto Velho. <br /> Portanto, o contexto geoeconômico atual de Porto Velho permite afirmar que a base econômica do município é mista, isto é, reúne traços dos setores primário, secundário e terciário. Neste sentido, as potencialidades que o município possui constituem importantes fatores de atração para investimentos, tanto da iniciativa privada quanto do setor público, visando a geração de emprego, renda e divisas para o município e, consequentemente, para o Estado. Aqui existem grandes estoques minerais e florestais que podem ser explorados de forma sustentada; há também belezas cênicas que podem ser observadas e visitadas por ecoturistas; matérias-primas para diversos tipos de indústrias que poderiam ser instaladas aqui; entre outros vetores do desenvolvimento socioeconômico.<br /> Mais políticas públicas voltadas para o desenvolvimento regional precisam urgentemente ser planejadas e implementadas, visando inserir o município de Porto Velho no circuito do crescimento e do desenvolvimento econômico regional. Para isso, as forças políticas e econômicas devem pensar e repensar o modelo de desenvolvimento municipal, descobrir formas de atração de capitais (através da vinda de novas indústrias de beneficiamento, etc.) e aplicar com seriedade os recursos oriundos do PAC nas obras públicas que beneficiem a população local; resguardando não apenas os interesses da minoria que concentra a maior parte das riquezas, mas sim e sobretudo, favorecendo a PEA (População Economicamente Ativa) e as gerações vindouras.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-11254094306580668842010-02-16T05:14:00.000-08:002010-02-16T05:18:48.708-08:00COMPÊNDIO GEOGRÁFICO DE PORTO VELHOParte II - POPULAÇÃO <br /> <br />2.1. OS PRIMEIROS HABITANTES<br /> Os povos indígenas Muras, Karipunas, entre outros, verdadeiros donos dessas terras, obviamente já existiam e habitavam as terras que hoje compreendem o atual município de Porto Velho antes da vinda dos colonizadores. A população indígena era constituída por milhares de índios que viviam espalhados pela vasta região de maneira harmoniosa com os sistemas naturais. Porto Velho ainda abriga uma pequena quantidade de índios em comparação com as demais capitais da região norte brasileira, em decorrência do incessante processo de destruição sócio-cultural a que estiveram e estão submetidos, ao longo de todas as etapas de ocupação de seus territórios. Os primeiros contatos do homem branco "civilizado" com os índios locais foram mantidos através dos padres jesuítas, dos bandeirantes e dos operários da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. <br /> A partir do contato entre os índios de Porto Velho e estrangeiros, iniciou-se um progressivo processo de aculturação, ou seja, de negativas mudanças dos hábitos culturais dos indígenas, influenciados pela relação estabelecida com aquelas pessoas estranhas aos seus meios de convivência social. O processo de colonização foi extremamente cruel com as populações indígenas do Brasil e de Porto Velho, visto que os índios locais foram perseguidos e, paulatinamente, dizimados pelos algozes colonizadores. Neste sentido, há registros de que ao longo construção da EFMM ocorreram vários confrontos bélicos entre índios guerreiros Karipunas e homens armados contratados para dar segurança aos trabalhadores da empresa construtora. <br /> Os índios usavam de muita astúcia para furtar variados objetos dos operários, fazer emboscadas manuseando habilmente seus arcos e suas flechas. Já os trabalhadores procuravam revidar aos ataques com violência, matando índios com armas de fogo (revólveres, rifles) e até mesmo com descargas elétricas provenientes dos trilhos que recebiam os fios da rede de energia, na dolosa tentativa de sobrevivência. Em conseqüência desse atrito, os índigenas Karipunas foram submetidos a um completo processo de extermínio físico e cultural a partir do contato com os trabalhadores estrangeiros (alienígenas) contratados para a construção da E.F.M.M, os quais na verdade eram vistos pelos índios como invasores. Atualmente, os Karipunas constituem uma ínfima quantidade de índios aculturados vivendo no município de Porto Velho.<br /> Inadvertidamente, muitas pessoas estigmatizam os índios como animais selvagens, preguiçosos e covardes. Pura imprudência, pois os índios são pessoas que vivem livremente nas florestas, segundo as suas próprias crenças e costumes, seus sistemas produtivos, enfim, suas próprias culturas que os orientam. <br /> De modo geral, os indígenas locais sofreram todos os tipos de perseguições, humilhações, aculturações e, no momento atual, têm que permanecer enclausurados em espaços cada vez mais reduzidos, demarcados pelo governo e suscetíveis às invasões. As terras demarcadas pela FUNAI são constantemente invadidas por missionários, garimpeiros, pecuaristas, rodovias, madeireiros, etc. <br /><br />2.2. A POPULAÇÃO BRANCA<br /> Quanto a presença da população branca na composição demográfica podemos afirmar que a população de Porto Velho foi historicamente formada por povos de várias etnias. Neste contexto, podemos dividir dois grandes grupos: endógeno, composto por aventureiros brasileiros que vieram sobreviver nessa plaga; exógeno, formado por trabalhadores de várias nacionalidades que vieram construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré. <br /> Sem dúvida, o livre acesso ao rio Madeira ocorreu a partir do dia 15 de janeiro de 1873, através do decreto Lei n° 5.024, assinado pelo imperador Dom Pedro II, liberando a navegação internacional a montante deste rio e contribuiu para a vinda de muitas pessoas, em sua grande maioria trabalhadores, ao lugar inicial da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. <br /><br />2.3. A PRESENÇA DO NEGRO <br /> O importante contingente da população negra porto-velhense é oriundo dos afro-americanos. Esses negros chegaram em Porto Velho a partir da primeira década do século XX para trabalhar na construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Ao contrário dos escravos, os negros livres antilhanos para cá imigraram em busca de melhores condições de vida e salários. Vieram grupos de negros de países como Barbados e Gramados, localizados na América Central, particularmente, nas Pequenas Antilhas. <br /> As mulheres trabalhavam na lavanderia, nas casas dos administradores ingleses e/ou americanos, entre outros locais. Já a grande maioria dos homens antilhanos, trabalhavam nos serviços mais pesados da construção ferroviária propriamente dita. <br /> Devido as insalubres condições ambientais, os trabalhadores negros passaram por algumas dificuldades de adaptação, sendo que muitos foram vitimados pelas doenças tropicais, principalmente, a malária. <br /> Na nascente cidade de Porto Velho, o maior bairro ferroviário era chamado Alto do Bode ou "Barbadoes Town" (cidade de Barbados), onde moravam os barbadianos com suas respectivas famílias. Atualmente, vivem em Porto Velho alguns daqueles trabalhadores das Antilhas que para cá vieram, muitos filhos e netos pertencentes às famílias Shocknnes, Winter, King, Johnson, Mackdonald, entre outras, descendentes desses valorosos negros que trabalharam na via ferroviária Madeira-Mamoré. <br /> Em Porto Velho podemos encontrar alguns descendentes de negros antilhanos que migraram com seus pais ou mesmo nasceram aqui, como por exemplo, os dois heróis antilhanos que enfrentaram as hostilidades do ambiente selvagem, trabalhando na Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e deixaram um legado de trabalho e amor por esta cidade.<br /> <br />2.4. A POPULAÇÃO ATUAL <br /> Atualmente, a população local também é composta por migrantes oriundos de vários estados brasileiros. Desta forma, Porto Velho é por essência um município brasileiríssimo, ou seja, um local que recebe pessoas de todas as regiões do país. Aqui temos a presença de migrantes paranaenses, gaúchos, catarinenses, paulistas, cariocas, capixabas, mineiros, cearenses, maranhenses, baianos, potiguares, pernambucanos, goianos, mato-grossenses, amazonenses, paraenses, acreanos, entre outros. São pessoas que vieram trabalhar, fixaram residência e constituíram famílias aqui. <br /> Realmente, temos uma população diferenciada quanto a procedência de outros estados brasileiros. Esta diferenciação demográfica pode ser percebida quando observamos os traços culturais da população aqui residente. Neste aspecto, os costumes da população migrante chamam a atenção, principalmente, em relação a culinária: gaúchos saboreiam suculentos churrascos, bebem chimarrão; enquanto nordestinos apreciam buchada de bode e outros pratos tradicionais. De modo geral, no campo musical os migrantes sulistas aqui radicados preferem músicas sertanejas; já os migrantes nordestinos gostam de forró. <br /> E a população local? <br /> As pessoas nascidas em Porto Velho ficam no meio termo, isto é, em função do contato com pessoas de outras regiões do país, muitas passam a gostar de diferentes hábitos culturais trazidos pelos migrantes, nas mais diferentes áreas da cultura não-material.<br /> Quanto a composição étnica, “a cor da pele”, podemos dizer que predominantemente a população residente em Porto Velho é de cor "morena", com características amazônicas visíveis. Neste contexto, vale salientar que o termo "cor" não substitui a raça, o grau da negritude da população e/ou mesmo da descendência indígena. Na realidade, a população local é multifacetada tanto na composição étnica quanto na questão cultural. <br /> O município de Porto Velho possui a maior população absoluta de Rondônia do estado de Rondônia (371.791 habitantes segundo a contagem do IBGE no ano de 2007), resultado da migração intensiva verificada nas duas últimas décadas do século XX, e também do crescimento natural ou vegetativo da população.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-23981563928012735112010-01-26T12:12:00.000-08:002010-01-26T12:23:53.093-08:00Metamorfose do desmatamento em RO<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzSdVZMOyClUzdEiEl_QooK25Mu4rpKC5v0W_QnIt3KXJW0kuUf5Cyg9FxVLopFO1YnejuJV0XxaELSyQ3qaA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-134306291102234179.post-27378139849408936212010-01-24T17:29:00.000-08:002010-01-24T17:31:52.189-08:00COMPÊNDIO GEOGRÁFICO DE PORTO VELHOParte I - ASPECTOS FÍSICOS<br /><br />1.1. ÁREA TERRITORIAL, LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA E LIMITES<br /> Com uma área territorial de 34.082 km² (segundo o IBGE), o município de Porto Velho localiza-se à margem direita do Rio Madeira. Está situado na coordenada geográfica de 8° 54' 46'' de latitude Sul e 63° 40' 00'' de longitude Oeste. Quanto ao sítio geográfico, pode-se dizer que a cidade de Porto Velho está situada inteiramente na depressão Amazônica. Considerando os pontos Cardeais, podemos afirmar que Porto Velho limita-se ao Norte com o estado do Amazonas; ao Sul com os municípios de Buritis e Nova Mamoré; a Leste com o município de Candeias do Jamari; e a Oeste com os estados do Amazonas e Acre. <br /> A cidade de Porto Velho está situada na faixa do 3° fuso, tendo a hora local atrasada em 01 (uma) hora em relação ao horário de Brasília (hora oficial do Brasil) e 04 (quatro) horas de diferença em relação a Hora do Meridiano de Greenwich (GMT). <br /><br />1.2. DISTÂNCIA DA CAPITAL<br /> A cidade de Porto Velho dista cerca de 2. 589 quilômetros da cidade de Brasília, capital federal. <br /><br />1.3. RELEVO<br /> A forma de relevo predominante no município de Porto Velho é a depressão da Amazônia Ocidental. Este tipo de relevo caracteriza-se pelo rebaixamento do nível altimétrico em comparação com as planícies e os planaltos. <br /> São duas estruturas geológicas que prevalecem no relevo local - estruturas sedimentares e estruturas cristalinas. O relevo de Porto Velho é plano e baixo, apresentando altitudes que variam entre 0 e 100 metros.<br /> Os solos dominantes no município são os latossolos. Também existem outras classes de solos tais como: neossolos flúvicos; cambissolos; neossolos regolíticos; gleissolos; latossolos (vermelhos, amarelos, vermelho-amarelos); cambissolos. No subsolo porto-velhense há uma considerável província aurífera que estende-se ao longo da bacia do rio Madeira, abrangendo o rio Abunã. No município há também jazidas de estanho. Atualmente, estes dois minerais são pouco explorados, em função de proibições e da ausência de políticas públicas eficazes para o setor mineral.<br /><br /><br />1.4. CLIMA<br /> Em Porto Velho é prevalecente o clima equatorial, quente e úmido conforme as condições atmosféricas. <br /> Devido a posição geográfica do município na zona tropical e, principalmente, a sua proximidade da linha do Equador terrestre, há uma influência direta da massa de ar equatorial continental (mEc), massa de ar quente. Anualmente, o clima é influenciado pela massa de ar polar atlântica (mPa), causando o fenômeno da friagem, ou seja, quedas bruscas da temperatura geralmente nos primeiros meses do período de estiagem (seco). De modo geral, o clima local divide-se em dois períodos atmosféricos: <br /> temporada chuvosa, que abrange os meses de novembro a abril; <br /> temporada seca, que compreende o período de maio a outubro.<br /> A precipitação pluviométrica (chuva) anual média é de cerca de 1500 milímetros cúbicos. Devido a evaporação da água do solo e a evapotranspiração da água presente nas florestas, as nuvens ficam carregadas e quando atingem maiores altitudes são influenciadas pelos ventos alísios, provenientes dos hemisférios norte/sul, ocorrendo assim a condensação e consequentemente a chuva de convecção. A temperatura média anual gira em torno de 24° a 26° centígrados. A umidade relativa do ar varia de acordo a época do ano verificada em Porto Velho, isto é, na estação chuvosa (período de chuvas abundantes) a umidade relativa do ar é elevada; e na estação seca (período quente e pouco chuvoso) a umidade relativa do ar é extremamente baixa.<br /> Atualmente, as condições climáticas estão bastante alteradas pela ação antrópica, através das queimadas florestais desenvolvidas no período seco. Grandes quantidades de focos de queimadas no município de Porto Velho foram constatadas nos últimos anos. Somente na primeira semana de setembro de 2006 foram identificados cerca de 1.500 pontos de incêndios florestais, o que gerou um manto de fumaça que encobriu toda a cidade, prejudicando a saúde das pessoas, o trânsito de veículos e pedestres, os vôos das aeronaves, etc. Neste sentido, cabe uma questão: onde estão os órgãos fiscalizadores e de proteção ao meio ambiente? <br /> <br />1.5. VEGETAÇÃO<br /> A vegetação característica local é do tipo floresta amazônica. De modo geral, este tipo de formação florestal divide-se em três subsistemas: mata de várzea, mata de igapó e mata de terra firme. O tipo floresta ombrófila aberta domina a maior parte do território porto-velhense e possui quatro fisionomias básicas: floresta de cipó; floresta de palmeiras; floresta de bambú e floresta de sorocaba. Há uma pequena ocorrência na porção norte do município de vegetação do tipo cerrado, que são árvores baixas, retorcidas, com cascas grossas, rugosas e folhas grandes. <br /><br />1.6. HIDROGRAFIA<br /> Historicamente, o rio Madeira representou a via de comunicação com o restante da Amazônia brasileira (Manaus, Belém, Boa Vista, etc.). Neste contexto, a cidade de Porto Velho compõe a rede dendrítica regional, tendo em vista a sua localização às margens deste caudaloso rio. <br /> A hidrografia local é formada pelo rio Madeira, principal curso de água que comanda a hierarquia fluvial no estado, dividindo o município de Porto Velho em duas porções territoriais: a parte norte que abrange uma área rural de terras e limita-se com o município de Humaitá (AM), ficando portanto situada na margem esquerda do rio Madeira; e a parte sul, na margem direita, onde concentra-se o maior adensamento humano no núcleo urbano propriamente dito. <br /> A ligação ou acesso entre ambas as porções territoriais ocorre através da BR-319, cuja complementação é feita por balsa que transporta automóveis e pessoas tanto para a margem direita quanto para a margem esquerda. <br /> Os afluentes do rio Madeira são os seguintes:<br /> Margem direita - rio Ribeirão, rio Castanho, rio Mutum-Paraná, rio Jaci-Paraná, rio Caracol, rio Jamari, rio Ji-Paraná ou Machado;<br /> Margem esquerda - rio Abunã, rio Ferreiros, rio São Lourenço, rio Caripunas, rio Aponiã.<br /> O rio Madeira é formado pela junção das águas dos rios Mamoré e Beni (rios nascentes nos Andes bolivianos), recorta a maior parte do território porto-velhense e segue o seu curso pelo estado do Amazonas até desaguar no maior rio do mundo, também denominado Amazonas. Suas águas barrentas banham cerca de 3.240 quilômetros de extensão do território local. O rio Madeira (Madeirão) possui aproximadamente 9000 metros de largura e 10 metros de profundidade. Com essas medidas, o rio permite a navegação de pequenos, médios e grandes navios, principalmente no período chuvoso porque o nível da água fica elevado. Já no período seco existe certa dificuldade em relação ao fluxo das embarcações, visto que ocorre a formação de bancos de areia ou sedimentos. O rio Madeira integra uma importante hidrovia regional, fomentada pelo porto Graneleiro de Porto Velho e pelo porto fluvial de embarque e desembarque de diversas mercadorias transportadas por balsas provenientes principalmente do estado do Amazonas. Grande parte da soja produzida no Mato Grosso e pequena quantidade gerada no Sul de Rondônia, sendo transportada através do corredor rodoviário que recorta todo o estado rondoniense (BR-364) até o Porto Graneleiro, administrado pelo Grupo Maggi, onde fica armazenada, sendo posteriormente depositada nas balsas que conduzem várias toneladas de grãos de soja para o porto de Itacoatiara (AM) e de lá seguem para o porto de Belém (PA), sendo finalmente exportada para vários continentes.Flaviohttp://www.blogger.com/profile/11313573403085882423noreply@blogger.com0